Diocese em festa: Jubileu de Ouro da Diocese do Anjo da Guarda

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No dia 22 de maio de 1962, o papa João XXIII decretou a criação da Diocese Angelopolitana, com sede em Santo Ângelo. Esta Diosene foi solenemente instalada no dia 12 de junho de 1962, na presença do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Armando Lombardi, de todos os senhores bispos do Rio Grande do Sul e cerca de dez mil fiéis em frente à Catedral.

 

A Diocese – O Concílio Vaticano II, no decreto Christus Dominus, referente ao munus pastoral dos Bispos, em seu número 11, oferece-nos uma definição descritiva do que seja Diocese. Diz o decreto: Diocese é a porção do povo de Deus, que se confia aos cuidados pastorais de um Bispo, coadjuvado pelo seu Presbitério, para que, unida ao seus pastor e reunida por ele no Espírito Santo, por meio do Evangelho e da Eucaristia, construa uma igreja particular, na qual está e opera verdadeiramente a Igreja de Cristo, uma, santa, católica e apostólica.

Esta definição descritiva é teologicamente muito rica. Da mesma forma, pastoralmente. A Diocese, ou seja, Igreja Particular não é mera realidade sociológica, mas realidade sobrenatural. Ela é divino-humana. Elementos fundamentais visíveis são: o Bispo, o Presbitério e a porção do Povo de Deus; elementos invisíveis são o Espírito Santo, o Evangelho e a Eucaristia.

Nenhum destes elementos pode faltar, porque do contrário, não teremos uma autêntica Igreja de Jesus Cristo presente aqui e agora e atuando neste aqui e agora.

No dia doze de junho de 1962, na presença do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Armando Lombardi, de todos os Senhores Bispos do Rio Grande do Sul, do Clero, Religiosos e de aproximadamente dez mil fiéis, foi solenemente instalada a Diocese Angelopolitana e tomou posse o primeiro bispo Diocesano: Frei Dom Aloísio Lorscheider, cujo nome civil era Léo Arlindo.

Pelo Tratado de Tordesilhas, de sete de julho de 1954, Portugal e Espanha dividiram entre si as novas terras da América do Sul, que iam sendo descobertas. Esse Tratado traçava uma linha imaginária que partia da foz do Rio Amazonas em direção do sul.

Na altura de Laguna, no Estado de Santa Catarina, essa linha entrava mar adentro. As terras que ficassem ao leste dessa linha seriam de Portugal e as do oeste, de Espanha. Assim todo o Estado atual do Rio Grande do Sul, boa parte de Santa Catarina e do Paraná, eram de propriedade da Coroa Espanhola.

Esta prévia observação é importante para se compreender o porquê do processo de evangelização partisse de Assunção do Paraguai e da Argentina (Buenos Aires). Apenas em 1801, nosso Estado foi anexado ao Brasil.

As Missões – A partir de 1682 retornaram missionários da Companhia de Jesus e fundaram os Sete Povos das Missões: São Francisco de Borja, São Luiz Gonzaga, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Martir, São João Batista e, por último, em 1706, Santo Ângelo Custódio, o Benjamim dos Trinta Povos Missioneiros.

A Argentina atual contava com quinze povos: Japeju, La Cruz, Santo Tomé, San Javier, Mártires, Santa Maria la Maior, Concepcion de La Serra, San José, San Carlos, Apóstoles, Sant’Ana, San Ignazio Mini, Corpus, Candelária e Loreto.

No Paraguai, foram fundados oito povos: Encarnación, Trinidad, Jesus, Cosme e Damian, Santo Ignazio Guazu, San Tiago, Santa Rosa e Santa Maria de Fé.

Programação – No Centro Histórico de Santo Ângelo amanhã, dia 17, às 13h30min, ocorre a recepção e acolhida. Às 14h30min, será realizada a Missa Festiva. Às 16h, ocorrem as apresentações de artistas locais. Às 17h, participação especial do cantor Antônio Cardoso.

 

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