O preço do combustível têm constantes reajustes e leva uma fatia, cada vez maior do orçamento do trabalhador brasileiro. No município de Santo Ângelo, a situação se agrava, pois o automóvel se tornou uma preferência para resolver questões de mobilidade urbana. Além disso, energia elétrica e alimentos também impactam no bolso.
Em Fevereiro de 2019 o combustível era vendido ao valor de R$ 4,41. Em 2021 ultrapassou a casa dos R$ 5 e atualmente está sendo comercializado em média, no município à R$ 6,26. Na última pesquisa da ANP – Agência Nacional de Petróleo, o preço mais alto no município era de R$ 6,299. Em Bagé o preço chegou a ultrapassar a casa dos R$ 7.
A alta corresponde a taxa aproximada de 40% (quando comparada a 2019). Portanto, uma família que gastava R$ 300,00 mensalmente. Dois anos após, para percorrer a mesma distância gasta R$ 426,00.
O preço mais baixo comercializado no Rio Grande do Sul, conforme o último levantamento da ANP, realizado entre os dias 15 e 21 de agosto é encontrado em Sapucaia do Sul, R$ 5,72 e o mais alto R$ 7,189 em Bagé.
No gráfico , é possível observar o comparativo entre os municípios gaúchos que entram na pesquisa e o destaque para o “preço médio” apurado em cada um deles.
Vilões do orçamento
Outro vilão do orçamento é a energia elétrica, além do aumento no custo da tarifa, houve nos dois meses consecutivos a cobrança de bandeira vermelha. Em agosto de 2019, uma família que gastou 250 KWh em 30 dias pagou R$ 239 (também em bandeira vermelha P1). No mesmo mês, em 2021, paga pelo mesmo consumo o valor equivalente a R$ 302,00.
Os gêneros alimentícios também contribuíram para a perda do poder aquisitivo da população, itens como arroz, óleo de soja, carnes, leite e seus derivados, fazem a conta disparar na registradora. Ainda os produtos de higiene pessoal, como o sabonete, por exemplo, aumentaram significativamente a conta do supermercado.
Enquanto isso se discute no País a tensão entre os poderes (Senado, Supremo e Executivo), nenhuma pauta privilegia o trabalhador e as questões que envolvem o custo de vida da população estão esquecidas, inclusive o imposto de renda que atinge faixas que ganham salários relativamente baixos para as necessidades de consumo da família brasileira.