Quarta-feira – 16/02/2011

Saneamento básicoHá 100 anos, o sanitarista Oswaldo Cruz já dizia: sanear é o caminho mais curto para prevenir doenças. Um século depois, pode-se constatar que a lição não...

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Saneamento básico
Há 100 anos, o sanitarista Oswaldo Cruz já dizia: sanear é o caminho mais curto para prevenir doenças. Um século depois, pode-se constatar que a lição não foi aprendida.
Num período de três anos, um pouco mais de 1.000 dias, quase 400 mil crianças morreram no país de doenças relacionadas à falta de saneamento básico. Como se vê, saneamento é uma coisa séria, mas no Brasil ainda há muito a ser feito.
A TV e os jornais citam com muita frequência a “falta de saneamento básico” como causadora de doenças ou de problemas ambientais. Mas, afinal, o que significa isso? Saneamento é o conjunto de obras e serviços para garantir higiene e salubridade às pessoas. Em qualquer concentração humana – seja em São Paulo, seja em  Santo Ângelo -, saneamento deve ser assunto prioritário. Só que não é bem assim. Nove em cada dez municípios não dispõem de saneamento básico ou o fazem apenas em alguns bairros, segundo o IBGE.
Outro dado alarmante: uma em cada quatro cidades brasileiras despeja dejetos domésticos em fossas ou diretamente em córregos, arroios ou rios. A carência afeta milhões de brasileiros e expõe um quadro mais nefasto: a morte de milhares de pessoas por falta de água e esgoto tratados.
Água contaminada é um perigo. Ela pode conter microorganismos patogênicos, isto é, causadores de doenças. A lista de enfermidades relacionadas à falta de saneamento é bem extensa: cólera, hepatite, febre tifoide, verminoses, diversos tipos de diarreia e de micoses. A água funciona como meio de transporte desses microorganismos – ela recebe os micróbios de um indivíduo doente e os repassa para outro sadio. A transmissão pode acontecer ou por ingestão direta do líquido contaminado, ou por consumo de alimentos infectados pela água.
Essas doenças manifestam-se com mais gravidade em pessoas com baixa resistência, como crianças e idosos. Todas essas enfermidades são controláveis, desde que se tomem cuidados mínimos, como instalação de rede de água e esgoto, limpeza dos rios, córregos e arroios; e tratamento dos esgotos. A omissão é risco de vida.

 

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