Embora passem despercebidos da população, os geradores a diesel estão nos supermercados, hospitais, indústrias e universidades que comumente utilizam estes dispositivos de geração de energia elétrica para obter redução de custos operacionais, inclusive em nossa cidade. De um modo geral os geradores são ligados entre 18h e 21h, horário que a energia elétrica fica mais cara para consumidores de média tensão.
Um exemplo de uso do gerador a diesel para redução de custos pode ser encontrado na URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões, Campus de Santo Ângelo, mas também há outros casos de empresas e instituições que consomem mais energia no horário de pico, como os supermercados, que também adotam o uso dos geradores movidos a diesel.
No Hospital Santo Ângelo existem dois geradores, eles são utilizados em caso de queda do fornecimento pela concessionária e também para gerar economia de custos. Segundo a direção o pico de consumo do Hospital não está entre 18h e 21h, mesmo assim dependendo da demanda de energia consumida no hospital os geradores são ligados por questões de economia na conta de luz.
Gerador da URI
A URI também é um exemplo da utilização do geradores a diesel como modo de redução de custos e autonomia energética. Mas segundo o Prof. Mestre em Engenharia Elétrica e de Segurança do Trababalho, Ângelo Trein Lucca, Chefe do Departamento das Engenharias e Ciências da Computação da URI, que engloba todos os campi da Universidade o projeto deste gerador foi concretizado por meio de um convênio com a BR Distribuidora. Neste caso, a economia diária com energia amortiza o investimento inicial, na sua maioria feito pela BR distribuidora, no final de oito anos a propriedade do gerador passa para URI. Considerando que o sistema entrou em operação no ano de 2013, faltam 3 anos para quitar o investimento.
O sistema é automático, às 18h o gerador da URI inicia sua operação. Este dispositivo produz toda a energia necessária para manter as atividades da instituição (em média 350 a 400 Kw/h). O gerador se desliga automaticamente, possui um sistema de “partida em rampa” e a energização é feita de modo suave, sem que os alunos e professores sintam a migração de energização de uma fonte para a outra. O gerador também é acionado automaticamente quando há eventuais “quedas” da energia fornecida pela concessionária.
Horário de pico e tarifa branca
Horário de Pico
De um modo geral em todo o território nacional o maior consumo de energia elétrica ocorre entre 18h e 21h, período em que as lâmpadas da iluminação pública são ligadas, quando chegamos em casa e ligamos os aparelhos elétricos, tomamos banho e realizamos ações diversas. Hábitos que exigem o máximo de nossas fontes de produção de eletricidade e isso eleva o custo cobrado pela concessionária.
Este pico de consumo deu origem a políticas de oferta e procura que resulta em custo elevado nos horários de pico e reduzido quando o consumo é menor. Antes de 2018 somente as indústrias, comércios e consumidores de médio e grande porte tinham a cobrança por faixa horária.
Tarifa Branca
Desde janeiro deste ano, os consumidores atendidos em baixa tensão, comerciais e industriais também podem se utilizar da cobrança por faixa horária, optando pela “Tarifa Branca”. Ela se torna vantajosa na medida em que a família está disposta ou pode mudar os hábitos de consumo, gastando menos energia no horário de pico.
Neste ano foi aberto para quem consome em média 350 a 400 kw. Em 2019, serão atendidas unidades com consumo médio superior a 250 kWh/mês. Em 2020, será a vez dos consumidores de qualquer consumo, parecido com o que já existe nas empresas.