O Albergue Estadual de Santo Ângelo conta, em sua área externa, com uma fábrica de sabão ecológico, o que gera trabalho e renda para apenados da 3ª Região Penitenciária do RS. Os detentos reutilizam óleo de cozinha de restaurantes e residências para produzir o sabão. Em média, são 1.300 unidades produzidas ao mês, para uso próprio dos apenados.
Recentemente as caixas de transporte do sabão passaram a ser personalizadas com a logomarca “Sabão Ecológico Curumim”. Jair Félix gestor da fábrica, explica que eventualmente falta óleo de cozinha, que é matéria prima para a fabricação do produto. O Iesa – Instituto de Ensino Superior Santo Ângelo está articulando para implementar novos postos de recolhimento, onde as pessoas da comunidade possam entregar o óleo de cozinha usado. Atualmente existe um posto de recolhimento na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e no próprio albergue onde está instalada a fábrica.
A iniciativa conta com o apoio da Eletrosul, restaurante Arena Grill, Mekal- Distribuidora de Material de Limpeza, Justiça Federal, Poder Judiciário e Ministério Público. O projeto já conquistou Ouro na categoria Participação Comunitária pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), no 8º Prêmio Responsabilidade Social promovido pelo Sinepe/RS.
A inauguração da fábrica Sabão Ecológico Solidário ocorreu no mês de março deste ano. Pleiteado à Eletrosul, pelo Conselho da Comunidade, a empresa patrocinou R$ 20 mil para a implantação da fábrica na área externa do Instituto Penal de Santo Ângelo (IPSA). As obras do prédio iniciaram-se em abril de 2012 e foram feitas pelos próprios apenados. A fábrica tem licença ambiental, alvará dos bombeiros e de funcionamento. O sabão foi batizado de “curumim”.
De acordo com o gestor da fábrica, Jair Félix, a ideia é construir um refeitório no local, além de ampliar a área de fabricação.