A Tocha Olímpica chega ao estado neste domingo, dia 3. Depois de cruzar por Erechim, Passo Fundo e São Miguel das Missões, segunda feira, dia 4, chega em Santo Ângelo. O início do revezamento está marcado para o meio-dia, tendo como ponto de partida a Vonpar Bebidas. A Tocha Olímpica passará pela Avenida Getúlio Vargas e seguirá pelas ruas Carlos Gomes, Antunes Ribas, Marquês de Tamandaré, Marechal Floriano, Andradas, Avenida Brasil, 25 de Julho e Missioneira até chegar ao Centro Histórico, por volta das 13 horas.
Em Santo Ângelo, 22 pessoas irão conduzir o símbolo dos Jogos Olímpicos. Entre os condutores estão o pajé Floriano Romeu da Aldeia Indígena Tekoa Pyau; a maratonista Luciana Lima da Luz e o ex-atleta olímpico, Mário Gomes que foram indicados pela Secretaria de Turismo e Esportes. Ainda conduzem a tocha pessoas escolhidas pela Coca Cola: Gilherme da Silva, Regis dos Santos Krug e Renan Jung. Os santo-angelenses indicados no site do Bradesco são: Jean Fabrício do Amaral, Aurélio Madrid e Franscisco Gabineski Taborda.
Todos os condutores serão acompanhados por veículos e ônibus oficiais do evento, além de um “cordão de segurança” formado por profissionais qualificados para a ação.
Durante o revezamento, as ruas percorridas serão fechadas. É solicitada a população que evite deixar os automóveis nas vias onde haverá o revezamento, a partir das 11 horas.
Após a chegada da Tocha Olímpica na Praça Pinheiro Machado, será realizada uma programação especial, com atividades culturais, apresentações de danças e aula de “Zumba”, que se estenderá até aproximadamente 15 horas. A comunidade é convidada a participar da celebração.
No Rio Grande do Sul, o fogo olímpico percorrerá 28 municípios entre domingo, dia 3, e sábado, dia 9. O símbolo irá percorrer 2,5 mil quilômetros por terra, ar e água, passando por Erechim, Passo Fundo, São Miguel das Missões, Santo Ângelo, Ijuí, Cruz Alta, Encantado, Lajeado, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, São Sepé, Caçapava do Sul, Canguçu, Rio Grande, Pelotas, São Lourenço do Sul, Camaquã, Guaíba, Porto Alegre, Canoas, Esteio, Novo Hamburgo, Gramado, Canela, Nova Petrópolis, Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Torres.
Uma história de luta em prol do futebol americano
Um dos condutores da tocha olímpica em Santo Ângelo é Renan Jung ele é fundador de uma equipe de futebol americano na cidade de Ijuí. Em 2015 com a ajuda de colaboradores criou uma escolinha deste esporte pouco popular na Região das Missões.
Conheça um pouco mais sobre o Atleta
Minha história no esporte começou lá em 96, com o Futsal na ACF Unijuí, foi aí que aprendi a respeitar o esporte e todos os princípios que envolvem. Joguei por cerca de 10 anos, competindo dentro e fora do estado, até que a equipe da ACF foi extinta e junto se foi minha esperança de jogar profissionalmente. Passaram-se muitos anos sem nenhuma prática esportiva em grupo, apenas treinamentos individuais.
Em 2012, juntamente com mais 3 pessoas, fundamos o Ijui Drones, equipe de futebol americano pioneira na região e cuja modalidade foi inicialmente contestada por muitos. Mesmo sem grande apoio, mantivemos o time, entravam e saiam atletas, e dos fundadores, só restou eu. Em 2013 veio o primeiro jogo oficial, perdemos de 101 a 0, a decepção foi grande, porém a esperança de evolução sempre esteve presente. Foram dois longos anos sem uma vitória, até que em 2015, na Copa Sul essa tão sonhada vitória chegou, contra a forte equipe do Restinga Redskulls, foi um marco para o Drones, e selou nossa classificação para a fase eliminatória.
Essa vitória serviu para mostrar que a persistência é a maior das virtudes dentro de um esporte coletivo que sofreu muitos preconceitos, tudo isso aliado a uma rotina intensa de treinamentos, onde todo mundo joga por amor, sem nenhuma remuneração. Ainda em 2015 criei, junto com a diretoria da equipe e membros da comissão técnica uma escolinha de futebol americano, que atende crianças de 10 a 16 anos de idade e que tem como objetivo perpetuar e fortalecer o Futebol Americano junto aos jovens.
“Minha história vale ouro “
Guilherme da Silva é outro indicado pela Vonpar. Na história de vida deste jovem, o ano de 2016 será muito especial, marcado por “momentos que valem ouro”. Para ter a honra de conduzir a tocha olímpica, ele participou de um concurso entre funcionários da Vonpar. Contou que no ano de 2016 nasceu a sua primeira filha. Um momento único em sua vida, do mesmo modo que a realização das Olimpíadas no Brasil e a passagem da Tocha Olímpica por Santo Ângelo.
A narrativa de Gilherme foi selecionada entre muitas outras escritas por seus colegas e na segunda feira, dia 4, conduz a tocha olímpica no revezamento realizado em Santo Ângelo.
