Dados de um observatório espacial de Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, indicam um aumento na presença de partículas inaláveis suspensas no ar em razão dos incêndios, principalmente na Amazônia. Apesar do aumento, a medição no Rio Grande do Sul ainda está dentro dos limites de segurança ou toleráveis à saúde (entenda mais abaixo).
Há uma semana, a concentração era de cerca de 3 partículas de até 10 micrômetros (PM10) por metro cúbico de ar. Na tarde desta segunda (9), o índice chegou a 38 – um aumento de 10 vezes.
“Tem se registrado um aumento nas últimas semanas das partículas em suspensão no ar que comprova o alto índice de fumaça”, explica o professor Carlos Jung, do Observatório Heller & Jung.
Partículas ainda menores, de até 2,5 micrômetros (PM2.5), também estão mais presentes no ar do Rio Grande do Sul, aponta o observatório. A concentração pulou de 1,6 para quase 19 partículas por metro cúbico.
Em alguns pontos do Norte do Brasil, esse indicador ultrapassou 200, segundo a plataforma IQAir.
O diâmetro de até 2,5 micrômetros dessas partículas é algo muito menor que um fio de cabelo, por exemplo. Por causa desse tamanho reduzido, elas são capazes de ser inaladas e penetrar profundamente nos pulmões.
Fumaça muda a cor do céu em Porto Alegre no dia 9 de setembro de 2024 — Foto: Reprodução/RBS TV