ASLE pede que o prefeito vete a “Lei do Hino”

Projeto de Lei que institui “Canto dos Livres” de Cenair Maicá como uma opção de hino oficial para o município de Santo  Ângelo, foi questionado pelos membros da...

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Projeto de Lei que institui “Canto dos Livres” de Cenair Maicá como uma opção de hino oficial para o município de Santo  Ângelo, foi questionado pelos membros da ASLE – Academia Santo-angelense de Letras. O projeto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores na última semana.
Diante da complexidade da criação de dois hinos oficiais para a cidade, a ASLE encaminhou um ofício ao chefe do legislativo de Santo  Ângelo pedindo que o projeto seja vetado. Pois a maioria dos acadêmicos acredita que modificações desta natureza devem ser amplamente discutidas com a sociedade.
A presidente da ASLE, Edna Lautert, ao representar a entidade se manifesta afirmando que a academia respeita e admira o legado cultural de Cenair Maicá para Santo  Ângelo e para o Estado, no entanto, não concorda com a inserção de um segundo hino sem que haja um entendimento sobre o assunto.
O polêmico projeto foi apresentado pelo vereador André Marques, se a proposta for aprovada pelo executivo, Santo  Ângelo terá duas opções de hinos oficiais. O pedido de veto foi encaminhado ao gabinete do prefeito Luiz Valdir Andres, ainda na segunda-feira, dia 28 de abril.

Confira a letra de ambas as músicas:

Hino do município de Santo  Ângelo

Letra por Dinarte Beck
Melodia por Carlos Slivinski
Arranjo por Elemar de La Rue

Salve históricos campos eternos
De Santo  ngelo o nobre perfil
Se destacam em contornos modernos
Neste verde rincão senhoril.

Estribilho:
Deus por guia, o progresso por meta
Nossa fibra que temos no agir
A cidade na Pátria projeta
Rumo a glória do grande porvir.
Ela vem das missões e se escutam
Essas cargas que a história bendiz
E Sepé numa bárbara luta
Manter viva sua raça ele quis.
Tem o afã perenal das colméias
Traz a marca no músculo audaz
A riqueza e a fartura nas veias
Lhe perpassam banhados de paz.
Range a máquina, tine o malho
Rumoreja o comércio febril
Brilha a enxada e se escuta o trabalho
Num coral de quem ergue o Brasil.

O seu povo com frêmito e zelo
Forja as almas no bronze da fé
Com o pão do ideal vide vê-lo
Que haveis sempre achá-lo em pé.

Canto Dos Livres
Cenair Maicá

Se meu destino é cantar, eu canto
Meu mundo é mais que chorar, não choro
A vida é mais do que pranto, é um sonho
Com matizes sonoros
Hay os que cantam desditas de amores
Por conveniência agradando os senhores
Mas os que vivem a cantar sem patrão
Tocam nas cordas do seu coração
Quem canta refresca a alma
Cantar adoça o viver
Assim eu vivo cantando
Prá aliviar meu padecer
Quisera um dia cantar com o povo
Um canto simples de amor e verdade
Que não falasse em misérias nem guerras
Nem precisasse clamar liberdade
No cantar de quem é livre
Hay melodias de paz
Horizontes de ternura
Nesta poesia de andar
Quisera ter a alegria dos pássaros
Na sinfonia do alvorecer
De cantar para anunciar quando vem chuva
E avisar que já vai anoitecer
E ao chegar a primavera com as flores,
Cantar um hino de paz e beleza
Longe da prisão dos homens, da fome
Prá nunca cantar tristeza
Quem canta refresca a alma
Cantar adoça o viver
Assim eu vivo cantando
Prá aliviar meu padecer

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