A Administração no Ecossistema de Inovação foi o tema de um ciclo de palestras promovido pelo CRA-RS – Conselho Regional de Administração. Santo Ângelo foi uma das 24 cidades gaúchas que participou deste debate. Mediado pelo diretor-presidente da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação – Reginp e gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Tecnosinos, Carlos Eduardo Aranha. Ele fez uma provocação para a quebra de paradigmas no modo de administrar.
Aranha debateu com empresários na tarde de quinta feira, dia 10, e às 19h, no Salão Azul da Faculdade CNEC falou com convidados e alunos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Análise e Desenvolvimento de Sistemas da daquela instituição.
A vice-presidente de Relações Externas da autarquia, Adm. Helenice Reis enfatizou que o CRA-RS procura trazer pessoas que possam contribuir com conhecimentos que ajudam outros a tomar decisões. O debate proposto é uma provocação para despertar, ou, desafiar os administradores locais.
O que diz Aranha
A inovação não acontece em quatro paredes. A inovação é compartilhada. O entendimento de que dois “é” mais que um, de que juntos somos fortes é necessário para mudar os modelos mentais, mudar os paradigmas para administrar melhor dentro de um novo ambiente social, onde as empresas e as pessoas de sucesso estão trabalhando juntas.
Carlos Eduardo Aranha enfatizou que o empresariado tem que querer mudar. Entender que o competidor é também o “cara que está lá fora” (em qualquer lugar do mundo). Lembrando que as entidades de classe (como ACISA, CDL, Sindilojas) tem um papel fundamental para trabalhar neste processo. “Uma boa dica para começar é construir uma agenda e um planejamento estratégico com seus associados”, falou o palestrante, aconselhando a realização de um mapeamento e identificação de quem são estes atores que estão levando uma fatia do mercado local.
Aranha afirma que usamos produtos elaborados em outros locais do mundo, e ele questiona: Que produtos feitos fora de Santo Ângelo são usados pelos moradores locais? Ele afirma que podemos aproveitar uma sociedade conectada para também impactar nas outras cidades e lugares do mundo.
O palestrante ainda destaca que existem atores de um ecossistema de inovação. Lembrou das incubadoras e parques tecnológicos, bem como os jovens universitários, empreendedores, empresários dispostos aos desafios de um mundo conectado e compartilhado. Ele considera que estes agentes são fundamentais para fomentar o processo de desenvolvimento econômico, social e também humano das cidades.