Sábado – 26/02/2011

O português nosso de cada diaLemos neste espaço, no sábado passado, que não se usa a palavra “municipal’ para a palavra “prefeitura” nem para a palavra “prefeito” porque...

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O português nosso de cada dia
Lemos neste espaço, no sábado passado, que não se usa a palavra “municipal’ para a palavra “prefeitura” nem para a palavra “prefeito” porque esse uso faz pleonasmo vicioso. Pleonasmo vicioso é repetição errada de palavra ou de palavras. “Vicioso” vem de “vício”. Ora, vício, como todos sabem, é erro. É erro, por exemplo, o vício do alcoolismo, da maconha, da cocaína, do crack… É erro o vício da preguiça. É erro, portanto, ter esses e outros vícios que estragam e matam a vida.
 Assim, numa analogia, ou seja, numa expressão mais simples e popular, numa comparação indireta, é vício dizer “prefeitura municipal” e “prefeito municipal”. A palavra “municipal”, nessas expressões, estraga e mata o português culto, gramatical. Basta dizer, então, “prefeitura” e “prefeito” sem a palavra “municipal”. Os seres humanos que falam e escrevem apenas “prefeitura”e “prefeito” mostram que estudam e sabem português. E mais, que não existe “prefeitura estadual” nem “prefeitura federal”, que não existe “prefeito estadual” nem “prefeito federal”, apenas prefeitura e prefeito municipais, isto é, prefeitura e prefeito que existem num município. Exemplos certos: Prefeitura de Santo Ângelo e prefeito de Santo Ângelo. 
Nesta noite, desta noite para domingo, desfilarão pela rua Marechal de Santo Ângelo sete escolas carnavalescas. Bonitas apresentações deverão fazer. Elas, as escolas, apresentarão samba enredo ou samba-enredo?  Samba-enredo era com hífen na penúltima reforma ortográfica e continua sendo com hífen nesta última. Tinha e tem dois plurais possíveis e igualmente corretos: sambas-enredo e sambas-enredos.  Elas tinham e têm porta-bandeira e porta-bandeiras com hífen.  Elas tinham e têm muitos trabalhos, muitos preparos, muitos ensaios. Numa expressão, antes davam “mão-de-obra” com hífen; agora, porém, na nova ortografia, dão “mão de obra” sem hífen. O plural era mãos-de-obra; agora, mãos de obra.

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