Trabalho com vida

Quando o trabalho também é vida a amizade vale tanto quanto o salário. O tempo e o dinheiro pesam na balança trabalhista e o compasso do relógio parece...

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Dia do Trabalhador (2)Quando o trabalho também é vida a amizade vale tanto quanto o salário. O tempo e o dinheiro pesam na balança trabalhista e o compasso do relógio parece consumir as energias de patrões e empregados, mas o cotidiano trabalhista vale mais do que tempo e dinheiro.
Qual a saída para sentir-se realizado na rotina de trabalho, eliminando o sentimento de esgotamento mental, corporal e gerador de conflito?
O dia do trabalhador serve para avaliar nossas escolhas profissionais e questionar como conduzir-se pelas relações trabalhistas?
O empregador ou o empregado que contabiliza somente o tempo e o dinheiro, que resulta das relações diárias de trabalho, não usufrui da abundância que a vida oferece. No Dia do Trabalho lembramos variáveis como a experiência adquirida com o trabalho, as amizades conquistadas na convivência profissional, o desenvolvimento intelectual e manual que a prática nos ensina, a experiência acumulada na política de convivência com a diversidade cultural das pessoas.
Somente quem acumula estes bens, não materiais, pode chegar ao final da existência e contabilizar o lucro das relações trabalhistas. Embora as riquezas materiais também contem nesta contabilidade, elas consomem muito de nossa alegria, estamos desiquilibrados e o ponteiro do relógio nos deixa intolerante e o ritmo contemporâneo consome a esperança. Talvez este universo do trabalho e da renda esteja carregado de disputas, falta acrescentar algo mais, para que a contabilidade seja vitoriosa e lucrativa.
Por fim, os bens materiais são instrumentos e nunca a própria realização. Na equação onde o trabalho também é vida, a relação pessoal é uma variável que deve estar em equidade com as demais, vale tanto quanto o salário. Caso contrário, o desiquilíbrio das contas forma uma multidão de pessoas que só trabalham e não vivem.

Origem do Dia do Trabalhador
No dia 1º de maio de 1886, houve uma manifestação de milhares de trabalhadores nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos, para reivindicar a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. No mesmo dia, foi deflagrada uma greve geral naquele país.
Em 3 de maio, uma nova manifestação dos grevistas foi reprimida pela polícia, resultando na morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, durante novo protesto, um desconhecido lançou uma bomba que matou sete policiais. Em represália, a polícia atirou na multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas.
Em junho de 1889, a Segunda Internacional (organização sindical), realizada em Paris, decidiu instituir o Dia Mundial do Trabalho, como forma de homenagear os trabalhadores mortos na Revolta de Haymarket, e para que todos os anos, nesse dia, os trabalhadores pudessem fazer suas reivindicações, como a redução da jornada de trabalho para 8 horas.

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