Vexame histórico do Internacional no Mundial de Clubes

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Primeiramente, ninguém vai conseguir ser campeão mundial tendo um camisa 9 chamado Alecsandro. É evidente. Em segundo lugar, era sabido por todos que a zaga do Internacional já passou do limite. Bolívar é um general aposentado. E Índio, desde aquele episódio da mesa de vidro, já poderia ter abandonado a carreira. A derrota do Sport Club Internacional – que já foi campeão do mundo em cima do poderoso Barcelona, de Ronaldinho Gaúcho, foi bicampeão da Copa Libertadores da América; tricampeão brasileiro, campeão da Copa do Brasil, da Recopa e da Copa Sul-Americana – para o inexpressivo Mazembe da República do Congo (ex-Zaire) foi muito mais que vergonhosa. Foi uma mancha na gloriosa camisa vermelha. Um fiasco histórico. Uma decepção do tamanho do Rio Grande do Sul. Foi um milhão de vezes pior do que perder um clássico Gre-Nal. O Internacional protagonizou ontem uma das histórias mais vexatórias do futebol brasileiro. A equipe colorada perdeu por 2 a 0 para o desconhecido Mazembe, da República Democrática do Congo, e ficou de fora da final do Mundial de Clubes da Fifa. Agora, o time gaúcho vai ter que se contentar com a disputa do terceiro lugar contra o perdedor da outra semifinal, entre Inter de Milão, da Itália, e o Seongnam, da Coreia do Sul. Favorito absoluto na partida, o Internacional foi surpreendido pelo Mazembe. Os gaúchos usaram um esquema que não foi treinado em Abu Dhabi pelo técnico Celso Roth e erraram bastante nas conclusões. Kabangu e Kaluyituka marcaram os gols que garantiram os africanos pela primeira vez na decisão do torneio, no próximo sábado. O Inter jogou mal, muito mal, e Rafael Sóbis consagrou o goleiro Kidiabra, ao perder gols certos aos 11, aos 59 e aos 64, este último ao cabecear por cima um cruzamento precioso de D’Alessandro, os dois primeiros ao chutar em cima do goleiro congolês. Que fez milagre mesmo aos 69, quando o talismã Giuliano chutou à queima-roupa e o africano defendeu sabe-se lá como, talvez porque aquela reza que o time todo faz embaixo do travessão antes de começar cada tempo surta mesmo efeito, que o digam mexicanos e brasileiros. Para piorar, Celso Roth não ajudou, ao acertar nas entradas de Giuliano e Damião e na saída de Alecsandro, mas ao errar gravemente ao tirar Tinga. Que a derrota e o vexame histórico sirvam de lição ao Colorado, além de aprender que Wílson Mathias não é Sandro, e que com Alecsandro nenhum time consegue ser campeão do mundo. Perder para o Mazembe foi como ser rebaixado à 2ª divisão.

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