Enquanto o mundo clama pela paz, às vésperas do Dia Mundial da Oração pela Paz, fomos buscar os índices da violência urbana em Santo Ângelo.
Dados apresentados pelos relatórios diários de ocorrências registradas pelo setor de segurança pública revelam que aumenta a cada dia a falta de paciência da população. Problemas financeiros, problemas pessoais, estresse no trabalho, acúmulo de funções, são apontados como principais causas geradoras da impaciência que se torna aditivo principal para rixas e desentendimentos.
No mundo todo, pesquisas revelam que a falta da paciência pode ser o mal do novo milênio. Debates, inclusive, apontam que ela pode ser uma nova doença.
Especialistas em psicologia dizem que falta de paciência e agressividade são duas coisas totalmente diferentes. Para os psicanalistas, a agressividade é um comportamento emocional que faz parte da afetividade de todas as pessoas. Portanto, é algo natural. Porém, a ação está na agressividade, e a reação na violência.
E, justamente na violência que reside o maior problema das comunidades. As brigas, desavenças e confusões se tornaram banais, principalmente nas zonas periféricas. Em Santo Ângelo, a média de registros de ocorrências tem se mantido. E, frequentemente são registradas ameaças, lesão corporal, perturbação de tranquilidade, e agressão.
Esta semana um vizinho foi acusado de atirar bombinhas no pátio, em direção aos cachorros de outro morador. “A maioria das ocorrências acontece por coisas banais, que poderiam ter sido evitadas com uma simples conversa”, dizem os especialistas.
Na segunda-feira, 21, um desentendimento entre vizinhos acabou em agressão. As três pessoas envolvidas na briga, na rua Independência, bem no centro de Santo Ângelo, restaram lesionadas. Já houve período em que o número de ocorrências registradas em Santo Ângelo chegaram a quatro, em um único dia.
Informações do comandante da Brigada Militar, major Jacob Aristeu Pinton, do 7º RPMon são de que o órgão atendeu em torno de 523 ocorrências de violência este ano. Entre elas 178 por ameaças, quatro por calúnia, duas por difamação, 25 por injúria, 139 por lesão corporal, 76 por perturbação e 99 por vias de fato. Já, com relação à violência doméstica, foram atendidas 562 ocorrências. O órgão é o primeiro a ser chamado em casos desta natureza, e atua diretamente no sentido de preservar a tranquilidade da população.
Edna Lautert