Estacionamentos de bicicletas existem e resistem, mas quem percebe?

A preferência pelo veículo particular seja ele motocicleta ou automóvel é notória e quanto mais se consuma esta prática, mas esquecidos ficam os estacionamentos de bicicletas

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Estacionamento de bicicleta no calçadão da Rua 25 de Julho em Santo Ângelo - Foto - Marcos Demeneghi
Estacionamento de bicicleta no calçadão da Rua 25 de Julho em Santo Ângelo – Foto – Marcos Demeneghi

 

Cada vez mais raros e menos utilizados os estacionamentos de bicicletas passam despercebidos no cotidiano da cidade, mas ainda existem e resistem. Em meio ao trânsito dos veículos movidos a combustíveis fósseis que cruzam a Rua 25 de julho, encontramos um destes dispositivos que convida para o uso da bicicleta.

Embora a cultura do ciclismo de lazer e esporte tenha crescido nos últimos anos em Santo Ângelo, inclusive entidades ligadas ao esporte organizam eventos como o Audax, Campeonato Noroeste de Ciclismo e demais provas válidas para o Ranking Gaúcho, o uso da bicicleta como meio de transporte, não ganha a preferência dos santo-angelenses.

A frota de motocicletas e automóveis, bem como, o visual das ruas não desmentem a narrativa de que as bicicletas ficam restritas ao uso esportivo e recreativo no município. Segundo dados divulgados pelo IBGE (2018), Santo Ângelo possui cerca de 51 mil veículos automotores (somamos automóveis, motocicletas, caminhonetes, caminhões, utilitários, tratores, ônibus, etc.).

O plano de mobilidade urbana elaborado para o município, em tese, não privilegia os automóveis, prova disso é a previsão de faixas de pedestres a cada quadra e a recomendação de implantação de ciclofaixas e ciclovias, didáticas adotadas para inibir o uso do veículo e estimular outras práticas de mobilidade.

Mas nem sempre a prática está em harmonia com a teoria, motivo pelo qual, percebemos as contradições urbanas.

O uso do transporte coletivo urbano também está em baixa. No final do ano de 2019 o TCE/RS divulgou uma pesquisa sobre o uso do transporte coletivo urbano no Rio Grande do Sul, inclusive com dados do município e esta estatística, quando comparada ao ano de 2015, mostra que os santo-angelenses estão deixando de andar de ônibus, houve um decréscimo de 30%.

A preferência pelo veículo particular seja ele motocicleta ou automóvel é notória e quanto mais se consuma esta prática, menos uso se dá, aos estacionamentos de bicicletas.

 

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