O vidro automotivo

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A foto retrata uma pilha de parabrisas e vidros automotivos quebrados. O registro fotográfico foi realizado na tarde de quinta-feira, em uma oficina especializada neste tipo de reparo aqui em Santo Ângelo. Mas qual o destino deste material? O que é feito com este tipo de vidro?

 

No local são trocados em média 150 parabrisas ao mês. As causa que obriga os proprietário de um veículo a trocar a peça varia, mas as principais delas são: uma pequena pedra jogada pelo pneu de outro veículo na estrada, acidentes de trânsito, choque térmico e até danos praticados por arrombamento afim de furtar objetos do interior dos veículos.

O proprietário da oficina conta que a cada três meses uma empresa especializada no recolhimento de sucatas de vidro e de parabrisas de carro faz a visita para realizar a coleta em seu estabelecimento. O vidro vai para a cidade de São José do Hortêncio, uma pequena cidade próxima de São Leopoldo no Rio Grande do Sul.

Até algum tempo atrás, todos os vidros automotivos eram temperados. Quando o vidro temperado se estilhaça, formam-se milhares de cacos cortantes. De alguns anos para cá, por determinação da lei e por questão de segurança, todos os parabrisas (vidros dianteiros) de automóveis produzidos no Brasil são feitos de vidro laminado.

O vidro laminado consiste em um sanduíche de duas camadas de vidro prensando uma camada polimérica (plástico, mais precisamente o PVB – Poli-Vinil-Butiral), e não apresenta as tensões residuais do vidro temperado. No vidro laminado os cacos são mantidos unidos pela camada polimérica, não apresentando risco para os envolvidos no acidente.

Os outros vidros do carro (laterais e traseiro) ainda são temperados na maioria dos casos.

A resolução 216 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) fixa que área de atuação dos limpadores de para-brisa é o local em que não se devem ter trincas. Qualquer espécie de danificação nesta localidade está sujeita a multa. Dirigir com o vidro danificado é considerado uma infração grave, que pode acarretar em multa de R$ 127,69, cinco pontos na CNH e apreensão do veículo até a resolução do problema.

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