O misterioso amigo Sapo
Uns adoram cães, outros preferem os gatos. Meu filho André Luís tem chinchila, tratada com todo carinho. Há criadores de cavalos, de ovelhas, de porcos… Mas conquistar a amizade de um sapo só mesmo o médium Chico Xavier. Alguém conhece outro caso assim? Carlos Baccelli, um dos médiuns mais confiáveis do Brasil de hoje, residente em Uberaba, conta em livro a amizade do Chico com misterioso sapo, surgido e desaparecido sem interferência humana. Amizade que durou exatos oito meses, tempo em que o Chico psicografou o romance histórico “Paulo e Estevão”, no qual o Espírito Emmanuel relembra a trajetória difícil dos primeiros tempos do Cristianismo.
Todas as tardes, o sapo esperava o Chico à porta do porão onde recebia as páginas ditadas pelo guia espiritual. Entrava com ele e ficava quieto num canto. Quando encerrava o trabalho, o sapo saía junto com o médium e se embrenhava num mato próximo. Diariamente, pontualmente, lá estava o irmão menor marcando presença… Encerrado o último capítulo do belíssimo romance, o Chico lembrou do sapo, fiel companheiro dos dias maravilhosos em que Emmanuel transportava o médium, como que hipnotizado, aos episódios emocionantes de mais de dois mil anos.
Então, correndo os olhos pelo porão, Chico Xavier notou a presença do amigo sapo, quieto, como sempre, no mesmo canto. Dirigiu-se a ele, ajoelhou-se perante o animal, que continuou imóvel. Com a humildade tradicional, o médium proferiu sentida prece de agradecimento a Deus pela conclusão de “Paulo e Estevão”. É livro que se recomenda para quem deseja conhecer detalhes inéditos da extraordinária missão de Paulo. Depois, virando-se para o batráquio, que o fitava parado, como sempre, disse a ele:
– Irmão Sapo, a graça divina há também de brilhar para você. Por alguma razão que não conheço, você esteve aqui comigo nesses oito meses. Que Deus o abençoe em seus caminhos!
Daquele dia em diante, o sapo desapareceu.
A FRASE SEMANAL DO CHICO XAVIER: “Quem sabe, pode muito; quem ama, pode mais.”