Admirável Mundo
Você gosta daqueles filmes sobre o futuro, como Blade Runner (O Caçador de Andróides), O Vingador do Futuro e o recente Matrix? Pensando nisso, saberias definir como é o mundo dos seus sonhos? O autor inglês Aldous Huxley publicou “Admirável Mundo Novo”, na década de 1930, onde, em sua visão futurista, o mundo ideal não tem fronteiras. É uma grande comunidade sem pobres e ricos, onde todas as pessoas dividem-se em castas – Alfa, Beta, Gama, Delta e Ípsilon -, com tarefas sociais, desempenho e inteligência predeterminados. Nessa época terrível, as crianças não conhecem pais nem mães. Nascem em laboratórios, sem a menor chance de desenvolverem quaisquer vínculos pessoais e afetivos.
Neste mundo de Huxley não há lugar para tabus morais. Não há arte, criatividade e nenhuma diversidade cultural, religiosa ou política. A mesmice reina. Mas também não existem guerras e nem violência. Porém, há um outro lado da moeda, contrapondo-se a este universo perfeitamente controlado: é a Reserva, um mundo imperfeito, cheio de problemas, mas onde o curso da vida segue seu curso mais natural. A obra Admirável Mundo Novo serve, hoje, de alerta contra as sociedades em que não há espaço para a diferença e a individualidade. Mas existe saída? Felizmente sim. Por meio das trapalhadas e subversões dos personagens principais, mostrando que a rotina de um mundo preestabelecido pode ser alterada. As diferenças sociais não podem ser empecilhos. Não há vida sem amor. Não há desculpas para as mentiras, eis que a verdade sempre vem à tona. O mundo precisa, hoje, além de paz, de liberdade, respeito entre as pessoas e amor. E amor não é sexo, amor é companheirismo, sinceridade, maturidade, lealdade, compaixão e verdade.
