O novo sistema de tramitação descentralizada anunciado pelo Judiciário Federal corrobora com teorias relacionadas ao território informacional.
Não é de hoje que o acesso a conteúdos digitais por meio de redes telemáticas questiona o conceito de território. Este local delimitado por fronteiras e sentimentos de pertencimento.
O filósofo francês Michel de Certeau em 1980 já falava de um conceito de não-lugar, ao argumentar sobre o assunto na obra “A Invenção do Cotidiano”. Uma sociedade se reinventa a cada dia. O fenômeno do e-commerce não deixou dúvidas, as mudanças comportamentais de consumo se alteraram a partir da possibilidade de realizar trocas pela internet e ninguém mais duvida do potencial desta ferramenta.
Jovens estão presentes de corpo, mas a alma transita por outro mundo quando em contato com a internet. Que território é este? Assuntos que saem dos livros e agora interferem na organização política e até mesmo do judiciário. Mesmo esta instituição que se perpetua na tradição iniciou uma nova organização a partir do “território rede”.
Conceito do geógrafo Rogério Haesbaert, pouco utilizado, mas de profunda atualidade. Tudo isso para dar um “pitaco”. Neste momento Santo Ângelo é protagonista de um fato histórico que é uma tendência mundial.