Editorial

 

981 0

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Pois bem, a carta de São Paulo aos Coríntios ainda serve para ilustrar os acontecimentos políticos que envolvem a realização de obras e a aprovação de projetos. Parece que o tempo dos discursos vazios chegou ao fim e a antiga frase se aplica com mais severidade em tempos contemporâneos.

 

Os acontecimentos das últimas semanas evidenciam a ineficiência do sistema político local e estadual. Na Câmara de Vereadores um livro está à disposição para que os 61.337 eleitores se manifestem para reduzir o salário dos vereadores. No entanto, menos de 100 pessoas assinaram o documento. O que pode estar ocorrendo?

O problema não está nos salários dos vereadores e sim as diárias?

O problema é a falta de mobilização popular e pura falácia do povo?

Até agora as obras do aeroporto não decolaram. No entanto, a todo o momento são anunciadas reuniões e entrega de documentos. Estabeleceu-se um jogo de cena onde se acendem holofotes em torno de assuntos polêmicos, depois que as luzes se apagam nada acontece. No legislativo estadual são propostas emendas para garantir o que já está garantido pela justiça. Tudo em nome da imagem de pessoas e partidos.

Parafraseando São Paulo: Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver obras, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.

Neste artigo

Participe da conversa