O pão é feito pelo padeiro, mas o padeiro não faz somente o pão. Hoje, 8 de julho é o dia deste profissional que tem a habilidade de produzir os diversos tipos de massas, pizzas, pasteis, bolos, cucas e o que mais a criatividade e a experiência puder acrescentar. Mas o pão é o que dá o nome a profissão, alimento diário reconhecido pelo sabor e textura inigualáveis. Aroma marcante que conquista o olfatos mais exigentes.
Arni José Gehlen, há 38 anos recebeu um convite para deixar o campo e ingressar na profissão. No inicio era ajudante e aprendiz de padeiro, hoje é proprietário de uma das mais tradicionais padarias do município e toda a família está envolvida na produção deste apreciado alimento diário. Arni considera importante usar matérias primas de qualidade. No caso dos pães e massas, uma boa farinha é fundamental. Ele lembra também que na escala industrial é necessário o equipamento adequado, uma boa receita e, “claro”, a experiência do padeiro.
Preparar a massa é uma ciência milenar que passa de geração à geração. Arni aprendeu o ofício com seu cunhado, Orlando Bao, logo ganhou o gosto pelo trabalho e percebeu no pão um modo de manter a família unida e garantir ao sustento com dignidade. Hoje, a esposa, filha e filho trabalham juntos ao administrar os negócios de panificação. A equipe é complementada por quatro padeiros, dois confeiteiros, quatro balconistas duas cozinheiras e uma pessoa responsável pela limpeza.
Os primeiros relatos de trabalhar o trigo e sovar o pão remontam a antiga civilização egípcia. Graças ao valor nutritivo do pão, continua presente na contemporaneidade. “A profissão se perpetua em uma escola que nunca termina”, disse Arni. Cada tipo de pão e de massa requer uma textura e consistência peculiar, temperatura e tempo de crescimento é o que ele determina como o ponto certo da massa. Fatores importantes para se obter o resultado pretendido.
Influencia no ponto do pão a proporção de cada ingrediente, tempo de sova, crescimento, a ordem de mistura e até o clima, isso mesmo, o frio do inverno e o calor do verão determinam a quantidade de açúcar e fermento que o padeiro vai usar. O cuidado e capricho nestes quesitos é que garantem o sabor de um bom pão.
Embora seja uma profissão antiga os padeiros devem continuar atentos as tendências de consumo das famílias, pois os hábitos da população influenciam no tipo e no formato do pão. Nos anos 80 era o pão d´água tamanho família, agora os pães individuais (populares cacetinhos) que são consumidos na hora ganharam o gosto da população. Arni explica que atualmente as porções individuais ganham força entre os consumidores e os padeiros e padarias já estão atentos a esta tendência, os lanches práticos que facilitam o dia a dia, com pão quentinho a todo o momento são requisitos que garantem o sucesso do negócio e a possibilidade de continuar produzindo o pão de cada dia.