Servidores da Justiça Federal de Santo Ângelo estão em greve para reivindicar a reposição das perdas salariais, que não acontecem desde o ano de 2009. Apenas os serviços essenciais, como plantões criminais, ou as demandas urgentes, são atendidas nas 1ª, 2ª e 3ª vara, sendo que esta última é a vara itinerante que atende a demanda da comarca de Canoas. A reivindicação é a mesma desde o ano de 2009, ou seja, a aprovação de um plano de carreira e a reposição das perdas salariais dos últimos anos. No ano anterior, em 2014, os servidores locais também fizeram a greve com a mesma demanda.
O último projeto de lei que contemplou o reajuste dos servidores da justiça federal é do ano de 2006, o qual determinou o pagamento parcelado das perdas daquele período. Em 2009 o tribunal montou um novo projeto que previa a reposição das perdas salariais e até hoje não foi apreciado e aprovado. Cerca de 80% dos servidores em Santo Ângelo estão parados na tentativa de sensibilizar os senadores quanto a necessidade de votar o projeto.
“O único instrumento que temos para reivindicar é fazendo a greve”, disse o diretor de base do Sintrajufe/RS, Carlos A. Tomm, e complementa que existe uma promessa de votação no Senado Federal, segundo os grevistas, ela está sendo postergada, no entanto, a classe tem a expectativa de que até o dia 30 seja aprovado.
A greve é nacional e no Rio Grande do Sul se intensificou desde o dia 9 de junho. Conforme informações do sindicato, já na primeira semana de greve, 33 cidades informaram a adesão ao movimento: Alvorada, Bagé, Bento Gonçalves, Cachoeirinha, Canoas, Capão da Canoa, Carazinho, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Esteio, Santa Cruz, Santa Maria, Montenegro, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santiago, São Borja, São Leopoldo, Santana do Livramento, Santa Vitória do Palmar, Santo Ângelo, Sapucaia do Sul, Taquara, Taquari, Torres, Triunfo, Uruguaiana, Vacaria e Viamão.