Reação dos trabalhadores

Uma passeata nas ruas de Santo Ângelo serviu de manifestação para milhares de trabalhadores. Eles não apoiam o modelo de reforma trabalhista e da previdência adotada pelo governo...

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A concentração foi em frente a Catedral e a passeata seguiu até a esquina democrática
A concentração foi em frente a Catedral e a passeata seguiu até a esquina democrática

Notas de imprensa da ACISA, Ministério Público e protestos de trabalhadores nas ruas de Santo Ângelo e no Trevo de Entre-Ijuís, foram as principais manifestações na sexta-feira, dia 28. Dia de Greve Geral em todo o Brasil. Além disso, na internet o nome dos deputados federais que votaram contra e a favor da reforma trabalhista circularam em grupos de troca de informação.
Em Santo Ângelo houve uma concentração de milhares de trabalhadores em frente da Catedral Angelopolitana, por volta das 17h30min partiram em direção à esquina democrática com carro de som e cartazes manifestando o repúdio a reforma trabalhista e da previdência.
Na BR 285, em Entre Ijuís, a manifestação ocorreu durante toda a manhã. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Luiz Gonzaga e Rolador integrou o ato, com ônibus de agricultores. Em Santo Antônio das Missões, segundo dados da comissão organizadora, cerca de duas mil pessoas participaram do ato.

Nota da ACISA
“A ACISA de Santo Ângelo/RS, junto com sua federação, a Federasul entende como inoportuno o movimento previsto para sexta-feira, dia 28, e lastima a falta de sensibilidade das entidades sindicais.
A entidade, preocupada com a geração de postos de trabalho no Estado, alerta que este não é o momento para promover uma paralisação diante da fragilidade que se encontra o Brasil.
Devemos promover o trabalho e ter consciência de que, para mudar o País, necessitamos de ações construtivas, um novo olhar sobre os acontecimentos políticos e econômicos e compreensão diante dos fatores que criam obstáculos à retomada do crescimento que vai trazer de volta os empregos.
Neste sentido, apoiamos a reforma trabalhista e sugerimos às empresas que mantenham o funcionamento normal de suas atividades.
Entendemos, ainda, ser mais adequado que as manifestações ocorram em feriados e finais de semana para não prejudicar nossa frágil economia respeitando o direito de trabalhadores e empresários da classe produtiva”.

NOTA PÚBLICA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
“Considerando a Greve Geral anunciada para o dia 28.04.2017, vem a público:
I – DESTACAR que a Greve é um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal, bem como por Tratados Internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil, “competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender” (art. 9º da CF/88);
II – ENFATIZAR a legitimidade dos interesses que se pretende defender por meio da anunciada Greve Geral como movimento justo e adequado de resistência dos trabalhadores às reformas trabalhista e previdenciária, em trâmite açodado no Congresso Nacional, diante da ausência de consulta efetiva aos representantes dos trabalhadores (Convenção OIT n. 144);
III – REAFIRMAR a posição institucional do Ministério Público do Trabalho – MPT contra as medidas de retirada e enfraquecimento de direitos fundamentais dos trabalhadores contidas no Projeto de Lei que trata da denominada “Reforma Trabalhista”, que violam gravemente a Constituição Federal de 1988 e Convenções Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho;
IV – RESSALTAR o compromisso institucional do MPT com a defesa dos Direitos Sociais e com a construção de uma sociedade livre, justa, solidária e menos desigual”.

VOTO DOS GAÚCHOS

Por 296 votos a 177 a base do governo aprovou a reforma trabalhista no Congresso Nacional, o projeto segue para o Senado.

Votaram contra a reforma trabalhista
Afonso Hamm (PP); Afonso Motta (PDT); Bohn Gass (PT); Heitor Schuch(PSB); Henrique Fontana(PT); João Derly (REDE); José Fogaça (PMDB); Jose Stédile (PSB); Marco Maia (PT); Marcon (PT); Maria do Rosário (PT); Paulo Pimenta (PT); Pepe Vargas (PT); Pompeo de Mattos (PDT); Sérgio Moraes(PTB)

Apoiaram a reforma Trabalhista
Alceu Moreira (PMDB); Cajar Nardes (PR); Carlos Gomes (PRB); Covatti Filho(PP); Danrlei de Deus Hinterholz(PSD); Darcísio Perondi (PMDB); Jerônimo Goergen (PP); Jones Martins(PMDB); Luis Carlos Heinze(PP); Mauro Pereira (PMDB); Onyx Lorenzoni(DEM); Renato Molling (PP); Ronaldo Nogueira (PTB); Yeda Crusius(PSDB).

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