Das instituições bancárias de Santo Ângelo, oito foram afetadas pela greve geral deflagrada pelo Sindicato dos Bancários. Grevistas afirmam que não retornarão ao trabalho, e que pode faltar dinheiro para a população.
Gerentes de agência, no entanto, garantem que a greve não ultrapassa a 80%, e que auto-atendimento não será afetado. Ontem, na agência da Caixa, a própria gerente estava auxiliando aos clientes na boca do caixa.
De acordo com o gerente geral do Banrisul, Cesar Berwig, além do auto atendimento o cliente também pode optar pelo pagamento eletrônico ou nos correspondentes bancários do município.
Acusações de superfaturamento e de lucro de 20% acima do esperado no primeiro semestre estão na lista dos motivos que levaram bancários a deflagrar greve, que já atinge o município.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Santo Ângelo e região, alguns bancos privados lucraram até R$ 7 bilhões no primeiro semestre de 2013. “E se recusam repor a inflação do período”, diz o secretário da entidade, Mauro Mânica. Segundo ele, a categoria pede um reajuste de 6,9%, mais um ganho real de 5%. “Os bancos oferecem apenas 6,1%”, destaca.
Sem data marcada para acordo, o jeito foi paralisar a atividade. A greve já atinge 100% das agências em Santo Ângelo. “Os colegas de oito agências aderiram, sendo cinco privadas (duas do Itaú, além de Santander, HSBC e Bradesco) e três públicas (Caixa, Banrisul e Banco do Brasil)”, complementou o sindicalista.
A greve na região
Em Giruá estão em greve os funcionários do Banco do Brasil, Caixa e Banrisul.
Em Guarani das Missões apenas os funcionários do Banrisul aderiram a paralisação.
Em Cerro Largo há greve geral na Caixa e Banrisul.
Em São Miguel das Missões somente os funcionários do Banrisul aderiram a paralisação.