Crianças são a prioridade na vacinação

 

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A 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) está adotando novos critérios de distribuição das doses contra a Gripe A (H1N1). Na última quinta-feira, o coordenador Lói Roque Biacchi esteve reunido com a diretora da Divisão Epidemológica da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Marilina Madalena Bercini, e profissionais da área de atuação da CRS, onde foi definido que as crianças são a prioridade na vacinação.

 

A promotora de Infância e Juventude, Rosângela Correa da Rosa, orientou à Secretaria de Saúde, para que também priorize a vacinação de crianças do jardim e da pré-escola, das redes municipal e privada.

Segundo Biacchi, a população precisa ter consciência que as doses contra a Gripe A são limitadas e que protegem a população mais indefesa, formada pelos cinco grupos de risco elencados pelo governo federal.

A secretária municipal de Saúde, Rosa Severo, adianta que a pretensão da pasta é que ninguém deixe de ser imunizado. A Secretaria deve realizar um levantamento para saber quantas doses ainda Santo Ângelo precisa receber. Ela esclarece que algumas empresas compraram as doses que foram aplicadas fora do horário do trabalho, uma vez que contam com funcionários especializados para adotarem o procedimento.

Os prefeitos gaúchos reivindicarão que o Estado forneça a vacina contra a gripe A para toda a população do Rio Grande do Sul. Proposto pelo prefeito de Quinze de Novembro, Clair Tomé Kuhn, o pedido foi aprovado durante o 32° Congresso de Municípios.

Na moção de reivindicação, os gestores listam outros pedidos com relação ao combate à doença. Eles solicitam a distribuição do medicamento Tamiflu para o tratamento dos pacientes. Durante seminário, também receberam orientação a adotar medidas preventivas como a antecipação das férias escolares e a suspensão de eventos coletivos.

O presidente da Famurs, Ary Vanazzi, convocou uma reunião extraordinária da diretoria da entidade para tratar do assunto e agendar uma reunião com a Secretaria da Saúde para apresentação das reivindicações dos municípios e ajuste das medidas necessárias para enfrentar a situação.

CUIDADOS BÁSICOS

– Ainda é recomendado o uso de máscaras? Elas são realmente necessárias?

Sim. As recomendações de prevenção não mudaram. Como a transmissão do vírus é pelo contato e gotículas eliminadas na tosse e no espirro, a máscara é bastante eficaz na prevenção.

– Quando uma pessoa infectada espirra dentro de um ambiente fechado, como um elevador, por quanto tempo o vírus tem o poder de contaminar outras pessoas que entrarem no local?

A infecção ocorre no momento em que acontece o espirro ou a tosse por meio das gotículas de saliva, se a pessoa saudável estiver próxima do enfermo. Se o doente espirrar no elevador vazio e depois outra pessoa entrar, é mínima a possibilidade de que ela contraia a gripe A.

– Existe algo que posso fazer na alimentação para deixar o meu organismo mais fortalecido e evitar a contaminação?

Sim. Alimentação saudável, com vitamina C presente em frutas, além de verduras e legumes ajudam a fortalecer o organismo e, por consequência, reforçar a imunidade. É importante também que todos procurem dormir bem, usar agasalhos para se proteger do frio e procurar evitar ambientes fechados com grande aglomeração de pessoas. A higiene pessoal é fundamental para a prevenção.

– O que posso fazer para me proteger se estou dentro de um ônibus e não é possível abrir as janelas?

Nesses períodos de maior risco, o importante é tentar praticar a higiene de mãos e ter álcool gel sempre no bolso, aumentando a frequência do uso. Cuidados ao tossir e espirrar também ajudam. O uso do braço e de um lenço ao invés das mãos para se proteger é o mais indicado.

A VACINA

Ela é totalmente segura, sem relatos de reações mais graves. É um mito dizer que desencadeia a doença, já que o vírus contido na seringa é morto. Pode ser por desinformação.

– Existe um período gestacional mais indicado para tomar a vacina?

Não. A recomendação é de que todas as gestantes façam a vacina, independente do período.

– Ainda adianta se vacinar, já chegando quase em julho?

Sim. Ainda há pelo menos dois meses de risco pela frente.

– Quem se vacinou em outros anos está imunizado?

Não. Apesar de o vírus ser o mesmo, a proteção que vacina oferece tem em geral validade de um ano. A recomendação é vacinar-se de novo, principalmente se a pessoa estiver nos grupos de maior risco.

– Tomei a vacina e mesmo assim me gripei. É normal? A vacina seria uma garantia de 100% de que não me griparia?

Ela garante quase 100%. Ficar gripado é a exceção e ainda assim, raramente evoluirá para casos mais graves. Mas também pode acontecer de ser um resfriado, causado pelo rinovírus. Este é mais leve e não está presente na vacina.

– Há contraindicações para a vacina?

Pessoas que sofrem reações graves (como edema de mucosas, urticária ou falta de ar) após a ingestão de ovos de galinha e seus derivados devem evitar a imunização.

– Quanto a vacina custa em média na rede privada? Como posso ter garantias de que é uma boa vacina?

Cerca de R$ 80. Os médicos garantem que aquelas aplicadas nas clínicas particulares são seguras.

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