Na noite da última quinta-feira, 12, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Os Legalistas, ocorreu uma mostra sobre o cinquentenário da entidade. Na oportunidade, foram apresentadas aos tradicionalistas presentes um resumo desta rica história através de documentos, imagens e recordações marcantes. Na oportunidade, o tradicionalista Nelci Mattioni proferiu uma palestra sobre a fundação do CTG Os Legalistas a todos os presentes. Em sua primeira reunião, realizada em 24 de setembro de 1961, transformada em assembleia, que fundou e elegeu a primeira diretoria do CTG Os Legalistas, onde se congregam os tauras que cultuam as coisas do pago, sob o lema “De pé pelo Rio Grande e pela Legalidade”. O primeiro Patrão de Honra foi o prefeito de Santo Ângelo, na época, Odão Felippe Pippi. O patrão do CTG Os Legalistas foi o Cel. Nairo Villanova Madeira. O 1° Capataz, José Alcebíades de Oliveira. O 2° capataz, Ramão Leiria Fernandes. 1° Sóta-Capataz foi Leonildo João Passani. O 2° Sóta-Capataz foi Vitória Emílio Silveira Lima. O 1° agregado-fiel foi José Nepomuceno Martin, o 2° agregado-fiel Ercy Gomes de Oliveira. O Conselho de Vaqueanos, Pedro Alberto de Azevedo, Atílio Toscani, Eno Kusbich, Apolinário Dornelles, Joaquim Oneron de Bittencourt, Francisco Jardim, Gervásio Valenci, Miguel Holsbach da Veiga, João Dornelles e Vilmar Campos Bindé. Os suplentes eram Gerzi Ernesto Maraschin, Villy Gessdorf Filho, Amantino Debacco, João Ricardo Félix da Silva, Teodoro Bernardi, Henrique Berguili, Manoel Borges do Canto.
Maximiamo Bogo
Quando se fala em tradicionalista em Santo Ângelo e na região missioneira, logo vem em mente o nome do saudoso Maximiano Bogo, seguramente um dos ícones da tradição no Rio Grande do Sul. Ele participou ativamente em dois CTG’s na Capital das Missões, tanto no 20 de Setembro quanto no Os Legalistas, neste, inclusive, foi um dos seus fundadores.
Mas o Major Bogo, como era mais conhecido, também participou ativamente nos meios tradicionalistas de Ijuí/RS e São Borja/RS, onde deixou nome fortíssimo e influenciou muito a tradição gaúcha nestes municípios. Embora não fosse um político atuante, certa feita fez uma incursão nessa seara, concorrendo a vice-prefeito numa eleição ocorrida só para este cargo na Capital das Missões. Naquela ocasião, com a cassação do vice-prefeito João Calisto de Medeiros, e numa eleição em que os votos em branco derrotaram o candidato Lauro Anschau, houve uma nova eleição concorrendo Maximiano Bogo e Ricardo Leônidas Ribas, que acabou se elegendo vice-prefeito.
Biografia
Maximiano Bogo nasceu em 19 de setembro de 1923, na localidade de Lajeado Morangueira, no interior de Santa Rosa/RS. Filho dos agricultores José Bogo e Donária Fagundes Bogo. Em 1940, sentou praça como voluntário no 1° Regimento de Artilharia de Divisão de Cavalaria em Santo Ângelo/RS. Em 1947, foi transferido para a unidade do contingente do Hospital Militar de Campo Grande/MS e, em 1948, passou à Escola de Motomecanização no Rio de Janeiro/RJ. Ele chegou a Santo Ângelo no dia 22 de outubro de 1949, já como 2° Sargento do 1° Regimento de Cavalaria Mecanizada em Santo Ângelo.