Chuva acima da média em maio

O acumulado de chuva no mês em Santo Ângelo alcançou 345 mm enquanto a média histórica para o mês no RS é de 87 mm

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Mapa do Inmet - Prec-Acum-01d_20170524 copiarChoveu acima da média prevista para maio em Santo Ângelo. Até a última quinta feira, dia 25, acumulou 345 milímetros. A média histórica do Rio Grande do Sul para maio é de 87 milímetros. O solo encharcado atrapalha atividades pré-plantio que antecedem a implantação das lavouras de inverno, segundo a Defesa Civil os problemas mais comuns em Santo Ângelo são danos em estradas, tendo em vista que foram chuvas constantes e sem acumulados elevados em curto período de tempo.

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PREVISÃO DO TEMPO
O sábado será chuvoso em Santo Ângelo, estão previstos de 35 a 45 milímetros de precipitação. No domingo há possibilidade de abertura de sol, mas ainda há risco de chuva no volume de 10mm. As temperaturas seguem amenas e não baixam de 15° C até terça-feira, dia 16. Na quarta o termômetro começa a cair e na quinta-feira as mínimas podem chegar a 11° C. Confira no gráfico a distribuição das chuvas neste mês, conforme relatório da estação meteorológica da URI.

DEFESA CIVIL
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Santo Ângelo Adelar Cavalheiro a chuva do último período não ocasionou transtornos importantes. Adelar afirmou que na última semana a equipe trabalhou preventivamente realizando limpeza no Rio Intaquarinchim e no córrego do Bairro Harmonia, a limpeza teve o objetivo de desobstruir o fluxo de água e evitar alagamentos.
Na área de abrangência da Coordenação Regional da Defesa Civil CREPDEC 5 – Santo Ângelo que abrange 74 municípios, os principais transtornos foram constatadas em estradas do interior e pontilhões. Em Santa Rosa a chuva elevou o nível dos rios Pessegueiro e Pessegueirinho e causou transtornos temporários para 40 famílias. Em Porto Lucena duas famílias precisaram ser removidas de casa. O Coordenador Regional Major Paulo Kunkel afirmou que as chuvas foram distribuídas e na cabeceira do rio Uruguai não houve volumes muito expressivos. Ele esclarece também que uma foto que circula no Facebook , na qual o Rio Uruguai estaria atingindo a ponte de Iraí não corresponde a realidade, a foto que circula é do ano de 2014, quando o rio atingiu 8 metros acima do leito normal em Iraí, no entanto, com as últimas chuvas o Rio Uruguai se elevou apenas 3 metros naquele local.

FLUVIOMETRIA DO RIO IJUÍ

O nível do Rio Ijuí subiu na última quinta-feira, dia 25, alcançou 2,8 metros acima do leito normal na estação pluviométrica de Entre-Ijuís. A maior cheia no ano de 2017 foi registrada em 28 de abril, quanto chegou a 5,68, ultrapassando quatro metros acima do nível normal e uma das maiores cheias dos últimos anos. Na maior parte do ano o nível do rio, no ponto de verificação de Entre-Ijuís é de 1,6 metros. Os dados são coletados duas vezes por dia e o banco de dados é disponibilizado pela ANA – Agencia Nacional de Águas.

UMIDADE NO SOLO ATRASA O PLANTIO

A alta umidade do solo tem impedido um manejo adequado para as atividades pré-plantio das culturas de inverno, como dessecação da cobertura verde e a manutenção de estradas e camaleões, que evitam os problemas de erosão. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar nas principais regiões produtoras de trigo, ao Norte do Estado, a semeadura está atrasada.
Os produtores preferem intensificar o plantio em junho, portanto nutrem a esperança de que as condições mais adequadas de umidade e luminosidade sejam observadas a tempo. As lavouras já implantadas no Rio Grande do Sul apresentam sintomas de clorose (pouca fotossíntese), devido à baixa luminosidade.

PROGNÓSTICO CLIMATOLÓGICO DO OUTONO

Segundo o Inmet, na Região Sul do Brasil, a passagem de algumas frentes frias e o aquecimento das águas na costa do Sul-Sudeste do Brasil favoreceram a ocorrência de chuvas intensas durante os primeiros meses do ano. O prognóstico indica a persistência destas configurações contribuindo para chuvas acima da média na maior parte da região, exceto o norte do Paraná. Entretanto, no início do trimestre são esperadas pequenas reduções na precipitação. A temperatura no outono tende a declinar à medida que se aproxima do inverno, aumentando a incidência de geadas, principalmente em áreas serranas. Porém a previsão indica que serão menos intensas e de menor duração.

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