A Fundimisa recebeu lideranças municipais de todas as áreas para mostrar as condições de trabalho dos funcionários, bem como, o potencial produtivo que faz da fábrica uma das mais modernas fundições da América Latina, tanto na capacidade de produção, quanto na gestão de pessoas e qualidade de trabalho, mas também, para provocar o amadurecimento das discussões a cerca das incertezas políticas, econômicas e da legislação trabalhista brasileira.
Flutuação do câmbio, demora na obtenção de licenças e o papel da Fundimisa na Comunidade também foram temas do encontro realizado na manhã de sexta-feira, dia 02, que reuniu representantes do judiciário, legislativo, segurança, o futuro prefeito Jacques Barbosa, o deputado estadual Eduardo Loureiro, empresários, prestadores de serviços e os diretores das Instituições de ensino.
O diretor da empresa, Paulo Ely agradeceu a presença de todos e falou que não há debate maduro sobre as questões econômicas e políticas no atual cenário social. Mostrou as condições em que a empresa atua no mercado, as pressões que impedem o crescimento, deixando claro que não está pedindo reconhecimento e nem favores, somente liberdade de trabalho e que os governos não atrapalhem o processo de atuação das empresas comprometidas com o bem social do trabalhador, como a Fundimisa.
Paulo Ely também citou que existem restrições impostas por leis de proteção ao trabalhador, que na opinião da direção da empresa, estas leis nem sempre cumprem com a proposta inicial. Disse que a burocracia na obtenção de licenças impede o investimento na cidade e normas como a NR-12, que trata de segurança de equipamentos, são exageradamente rígidas no Brasil, e como consequência, oneram o produto brasileiro e diminuem a competitividade da indústria.
“Esperávamos crescimento, neste período, e não retrocesso e junto com a comunidade temos que buscar uma saída”, disse Paulo Ely.
Produção
Durante a visita as lideranças também vestiram óculos, capacetes e foram conhecer na prática como funciona uma fundição e usinagem, que materializa cerca de 800 tipos de peças diferentes fornecidas as maiores montadoras de veículos pesados da indústria nacional como a Ford, Iveco, Mercedez Benz, Wolkswagen, Volvo, Dana, Randon, além de peças agrícolas para a John Deere, entre outras peças de ferro para serem utilizadas na construção de silos e armazéns, peças para o setor ferroviário, hidráulico e segmento elétrico.
Na manhã de ontem os convidados foram conduzidos para conferirem os investimentos em esteiras rolantes, talhas elétricas, alicates hidráulicas e robôs. Equipamentos considerados necessários para humanizar o trabalho dentro da fábrica, realizado com o menor esforço físico possível e mais segurança.
Segunda melhor empresa
para se trabalhar no RS
Os investimentos e o patamar alcançado faz da Fundimisa a 2º melhor empresa de porte médio do Rio Grande do Sul para trabalhar. Durante a recepção na sexta-feira, o diretor da empresa, Paulo Ely também falou da climatização e condições do ar dentro da fábrica, que hoje está em condições muito superiores ao modelo que existia há cerca de 12 anos. O diretor falou com orgulho do Residencial 300 anos. Um modelo de projeto feito com parcerias publico-privadas e destinado para os funcionários, que adquiriram os terrenos a preços simbólicos e construíram suas residências com financiamento da Caixa.
Na presença dos convidados a direção da Fundimisa também entregou um mimo de reconhecimento a funcionários que atingiram 10, 15, 20, 25 e 30 anos de trabalho na empresa, considerados também os artífices deste processo de modernização da fábrica.
A fabrica está entre as três maiores geradoras de ICMS para o município, tem 496 colaboradores e trabalha com fundição e usinagem e fabrica cerca de 800 peças diferentes. Com todas as certificações automotivas incluindo a SA8000 (primeira empresa de fundição no mundo a conquistar esse certificado) a Fundimisa produz peças da linha agrícola, automotiva, pesada e leve. O investimento nestes últimos 12 anos colocou a empresa entre as grandes fornecedoras nacionais de peças no setor em que atua. Além disso, apresenta a possibilidade de expansão de mercado, opera aquém da capacidade de produção.