Café de cambona, sabor 20 de Setembro

Ingredientes naturais e receitas tradicionais de família compõe o café campeiro do CTG 20 de Setembro e resgata da cultura regional “gosto de Semana Farroupilha”

2263 0
Semana Farroupilha - 20 de Setembro 2017 (4)
Preparo do café de cambona no CTG 20 de Setembro

O café campeiro servido todos os dias no CTG 20 de Setembro relembra a cultura tradicional das famílias de Santo Ângelo. No cardápio foi possível apreciar o gosto do torresmo, pão de milho, morcilha, manteiga, linguiça, o melado batido, entre outras iguarias. Tudo acompanhado do café puro, com leite ou de Cambona, feito do modo mais primitivo. Na mesa do café a gastronomia campeira e rústica valoriza a qualidade da matéria prima regional feita pelas mãos dos próprios integrantes do CTG. O industrializado fica distante e o sabor destes alimentos faz a diferença no paladar de crianças e adultos que aproveitam a Semana Farroupilha para sair da rotina urbana e mergulhar na cultura tradicional.
O preparo do café é feito em um fogão campeiro, na sala “Eduardo Persigo”, recriada para homenagear uma das pioneiras personalidades que fizeram história na entidade. Renato Schorr, na manhã de segunda-feira, dia 18, comandava o trabalho no fogão campeiro montado naquele espaço, a decoração feita com recortes em cepos de madeira aconchegavam as prendas e peões onde o toque de gaita e o andar do chimarrão se fundiam com o preparo do café de cambona.
Primeiro o fogo é aceso, depois a água vai para a chapa do fogão na cambona e na chaleira, logo mais, o pessoal da cozinha traz um panelão, no qual vão para o fogo os ingredientes para o almoço campeiro, ao lado do ritual do fogão, uma movimentação animada com toques de gaita e gritos de alegria, o chimarrão passa de mão em mão, lembrando histórias do cotidiano e dos desafios da vida.
A indumentária típica dos guris e gurias, peões e prendas conferem colorido especial ao espaço rústico do CTG, onde a fumaça do fogão campeiro e o cheiro do café de cambona harmoniza o sentimento de humanidade, o trabalho que envolve gerações de famílias no mesmo espaço, agrega avós e netos contribuindo com a festa cultural gaúcha e as peculiaridades de Santo Ângelo.

Museu do CTG
O acervo do museu do CTG 20 de Setembro está em novo espaço e com melhor visualização. As peças ainda estão sendo relacionadas e inventariadas, mas já estão organizadas facilitando o acesso ao acervo. O museu agora leva o nome de Luciana Balzan e o patrão Armindo Fiorin Zenkner considerou-se satisfeito com o resultado obtido com o projeto. O patrão também destacou a conclusão e revitalização da sala “Eduardo Persigo”, um recanto campeiro que valoriza os encontros informais ou formais realizados entre os participantes do CTG .
O patrão explica que não se faz nada sozinho e as duas obras citadas nesta matéria foram sugestões dos associados e realizadas nesta gestão ao lado da sua esposa, Lore de Moura Zenkner. O casal explicou que o projeto deixou as peças mais próximas da movimentação das pessoas que frequentam o CTG, permitiu organizar melhor facilitando a amostra, consequentemente, qualifica o acervo que cumpre a finalidade de ser memória da cultura tradicional vivida na região.

Semana Farroupilha - 20 de Setembro 2017 (8)
Inverna Mirim do CTG 20 de Setembro no espaço “Recanto Campeiro: Eduardo Persigo”.
Equipe de trabalho também toma café
Equipe de trabalho também toma café
Renato Schorr alimenta o fogão campeiro
Renato Schorr alimenta o fogão campeiro
Neste artigo

Participe da conversa