A Mãe Terra e as feridas expostas

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O lixo depositado sem tratamento se transforma em ferida. A sábia natureza dá um jeito, decompõe, transforma, reaproveita, mesmo que isso leve séculos. Visualizamos centenas destas feridas nos arredores de Santo Ângelo. No trânsito cotidiano que passa pela ERS 344, Perimetral, Áreas de Preservação Permanentes, percebemos que só cresce a quantidade de lixo. Quando não sabemos o que fazer com os nossos restos entregamos para a Mãe Terra.

 

O que falta? Atitudes ecologicamente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis. Conceitos de sustentabilidade já conhecidos pela maioria, no município, não percebemos ainda uma atitude que contemple este conceito e nem mesmo uma campanha capaz de transformar a comunidade.

Esta semana mais um projeto foi lançado na Câmara de Vereadores. Ele visa estimular o reaproveitamento de materiais plásticos a lei sugere a implantação do “Programa Municipal de Recolhimento de Resíduos Plásticos”. O projeto, de autoria do vereador Paulo Azeredo (PMDB), consiste no recolhimento de sacolas, copos, garrafas e demais resíduos de origem plástica. Cada educandário teria um espaço adequado para o recebimento destes materiais, que mais tarde seriam utilizados na confecção de objetos diversos. Mais um projeto. Ele é ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável? Será implantado de fato? Colocaremos a “mão na massa”, ou melhor, a “mão no plástico”? A partir do encaminhamento da Câmara de Vereadores, o Poder Executivo de Santo Ângelo passa a analisar a viabilidade de aplicação do programa, podendo vir a sancionar o projeto.

 

Saiba mais sobre o projeto

Além do trabalho de conscientização e de recolhimento, o projeto versa sobre a comercialização do material reciclado pela comunidade escolar, que poderá utilizar os valores para a realização de atividades extracurriculares, como viagens, atividades pedagógicas, ou, ainda, para a aquisição de livros e materiais escolares.

 

Parcerias e convênios

Pessoas físicas e jurídicas também são citadas no projeto. A matéria prevê o estabelecimento de parcerias e convênios para fins de execução do programa. Conforme o edil, a intenção é que, posteriormente, toda a comunidade seja envolvida.

“Para estimular o reaproveitamento dos materiais plásticos, os quais demoram séculos para se decompor e, ainda, contribuir com um ambiente melhor, sugeri a implantação deste programa junto às escolas municipais.”, disse o vereador.

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