Embora o relógio da foto não informe mais a hora certa, este objeto pode ser considerado uma das referências do tempo áureo do transporte ferroviário, por isso, integra o museu da antiga Estação Ferroviária de Santo Ângelo. A peça pode ser conhecida ao visitar este espaço que hoje integra o patrimônio cultural e material de Santo Ângelo.
A Estação de Santo Ângelo teve sua construção iniciada em 1918 e foi inaugurada em 1921. O prédio que abriga o museu e o memorial conserva características da arquitetura colonial inglesa e esta estação funcionou por 50 anos.
O trem não passa mais na estação, do mesmo modo, que os ponteiros deste relógio estão parados, mas, no passado a ferrovia e a estação eram a principal via de transporte de cargas e propulsores do desenvolvimento econômico da região.
Uma curiosidade que envolve a instalação da ferrovia é o fato do processo de construção contar com o protagonismo do engenheiro Luís Carlos Prestes. Ele recebeu a missão de instalar o batalhão Ferroviário em Santo Ângelo e por este motivo, que os contemporâneos da cidade, montaram neste mesmo espaço, um memorial para relembrar fatos que envolvem a política daquela época.
De grande importância histórica, a estação de trem representou um forte impulso para o desenvolvimento comercial, industrial e populacional da região. No local, ainda encontramos a caixa d’água de ferro de fabricação belga, dois vagões de época que foram restaurados, bem como, objetos que fizeram parte deste cotidiano do passado.
Quem deseja saber mais sobre estes episódios pode requisitar junto ao Museu do Cinema Vivaldino Prado, a exibição do Documentário Estação 21. Peça cinematográfica que conta com mais detalhes esta história.
Foto e edição – Marcos Demeneghi
