O cão de rua seguiu os passos do amigo de Cruz Alta a Santo Ângelo

Estudante de veterinária se tornou amigo de um cão de rua e o animal segue seus passos deste a cidade de Cruz Alta

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Rafael Ceretta (Copy)
Rafael Ceretta, Chewbacca, Pretinha e Bili – Foto: Marcos Demeneghi

Chewbacca sempre foi um cão de rua, vagava sem rumo pelas vias de Cruz Alta até que conheceu o jovem estudante de veterinária, Rafael Ceretta. Mesmo sem receber petiscos ou alimentação periódica, ganhou a simpatia do cão que seguia seus passos, até mesmo, dentro do ônibus coletivo urbano. O cão chegou a pegar o ônibus sozinho para encontrar o amigo na faculdade.

Rafael veio para Santo Ângelo e junto com ele o cão de rua. O universitário se instalou em frente ao teatro Municipal Antônio Sepp e Chewbacca também ganhou as ruas da nova cidade, porém o cachorro acostumado livre na zona urbana, sumiu por um período de aproximadamente seis meses, ao retornar para as mediações do Teatro Antônio Sepp, já havia constituído uma matilha. Rafael estuda o comportamento canino e faz pesquisas a partir deste caso, ou seja, buscar evidências científicas que comprovem a origem das ações que caracterizam determinados grupos de animais.

Chewbacca é atropelado

Rafael conta que seu amigo é o líder do grupo composto por Bili, Scooby e Pretinha, ao todo são quatro cães que protagonizam muitas histórias. Uma delas tem relação com o atropelamento ocasionado por uma bicicleta. Neste episódio Chewbacca quase morreu e também causou ferimentos no ciclista. Desde que ocorreu este fato, o cachorro desenvolveu uma implicância com os ciclistas da cidade.

“Eu não escutava o Chewbacca latir para ninguém”, relata Rafael, o estudante reúne conhecimentos e já está educando o seu amigo. Afirma que está evoluindo consideravelmente.

Uma das teorias que ele pretende comprovar é que o comportamento dos cães é reproduzido pela matilha. Relata que todos os cães passaram a reproduzir o comportamento do líder, ou seja, Bili, Scooby e pretinha também perseguiam os ciclistas depois do ocorrido, pois consideravam esta tática, como uma necessidade para a sobrevivência da matilha.

‘Calma. É amiguinho’

Para evitar este tipo constrangimento no trânsito de Santo Ângelo, Rafael iniciou um processo de ressignificação, para evitar que os cães tenham este comportamento. “Quando passa uma bike, e o cão grita, logo digo: calma é amiguinho. Ainda não resinifiquei completamente a memória que ele possui das bicicletas, mas já avançamos, pois ele fica tranquilo com a minha fala” disse Rafael.

Rafael quer comprovar que os amimais agem de modo intencional na busca pela sobrevivência do grupo e estas ações são passadas de pai para filho. Conforme os estudos do futuro veterinário, já existem evidências científicas para avançar neste tipo de pesquisa.

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