O encontro de talentos individuais compõe a harmonia do Canto Missioneiro

Os grupos que executam as músicas são compostos por músicos de diversas cidades. Cada instrumentista empresta seu talento pessoal para que a obra conquiste ao público e aos...

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canto-missioneiro-02canto-missioneiro-05keny-rogersFestivais como o Canto Missioneiro, além de promover a cultura regionalista, são oportunidades de integração entre os músicos, interpretes e compositores. “Os festivais funcionam como uma vitrine” a afirmativa é do percursionista Keny Rogers, que veio especialmente de Porto Alegre para acompanhar uma das músicas inscritas no festival. Os grupos são compostos por reconhecidos instrumentistas do meio musical vindos de diversos locais do Estado. Foram inscritas 812 músicas e sobem ao palco apenas 32, neste contexto, o evento também é uma oportunidade de mostrar o melhor da cultura musical gaúcha e regionalista.
O jurado Nilton Ferreira, que neste ano é um dos avaliadores no Canto Missioneiro, explica que a execução da música no palco é determinante para que a composição conquiste o reconhecimento do público e dos jurados. “Não adianta ter a melhor letra, uma melodia bem elaborada se não for bem executada no palco. Um erro na letra ou uma falha mais grave na execução pode comprometer toda a obra”. Explica Nilton Ferreira, que também é músico e tem larga experiência neste tipo de festival.
Keny conta que o Canto Missioneiro, assim como outros festivais, é um momento de encontro com outros músicos, uma oportunidade de mostrar o seu desempenho nos diversos estilos de percussão. “A partir da participação nos festivais recebemos convites para contribuir com arranjos na gravação de CDs e até mesmo participação em outros palcos, tanto em apresentações de música regionalista, quanto no repertório Pop”.
O percussionista considera a música regionalista do Rio Grande do Sul, em especial a Missioneira, apropriada para o uso de instrumentos de percussão. “O efeito dos instrumentos com sons originais de raízes indígenas e mais primitivos sempre colaboram para a composição de um arranjo mais original, tanto o bumbo leguero (instrumento produzido a partir de um tronco de árvore oco, revestido com pele curtida de animais, como cabras, vacas ou ovelhas), quanto pandeiro de couro e o Cajón”. Explica o ritmista, além disso, ele destaca que existem ritmos regionais como a chacareira que usa estes instrumentos como parte importante da expressão musical.
Keny Rogers residiu 16 anos em Santo Ângelo, já tocou em diversos grupos musicais, inclusive o Balança Brasil, acompanhou diversos músicos nas mais variadas apresentações, bares, festas sociais, festivais e atualmente está residindo em Porto Alegre.

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