O português nosso de cada dia
Em primeiro lugar, registrar algumas palavras acerca de certas palavras usadas por alguns vestibulandos em vestibulares prestados em Santo Ângelo agora em dezembro. Uma colega no magistério superior me passou uma lista enorme de palavras usadas por alguns candidatos no texto da redação, mas como aqui o espaço é reduzido, reduzidas serão as palavras dessa lista. Vejamos apenas quatro palavras acentuadas mal: nóssas, sí, póis, o ser humano têm… Dois verbos conjugados mal: algumas pessoas hoje ainda não perceberão, muitos jovens que ontem pensarão… Quatro palavras fora da ortografia: boeiros, concerteza, ascenção, em sumo… E três redundâncias: quando cada um, individualmente, toma uma atitude para si; há algumas décadas atrás; há trinta anos atrás. Dezenas e dezenas de vezes apareceu a palavra concientizar escrita assim e não assim: conscientizar. Faltam a esses vestibulandos leituras de bons livros e de boas revistas.
Em segundo lugar, uma vez que já estamos no primeiro dia de 2011, ver a expressão ano-novo se é escrita com hífen ou sem hífen. Tanto nesta ortografia quanto na nova ortografia, a que vai entrar em vigor em 2013, tem-se o seguinte dizer: ano-novo, sendo o primeiro dia de janeiro, é e será escrita com hífen. Ano novo, sendo os demais 364 dias do ano, é e será escrita sem hífen. A grafia correta, simplificada, generalizada e lógica dessa expressão deveria ser escrita, tanto num caso quanto noutro, sempre com hífen ou sempre sem hífen. Essa diferença de escrita, a nosso ver, não tem lógica na língua. É burra.
Em terceiro e último lugar, desejar a você e aos seus um ano-novo e também um ano novo com saúde e alegria, trabalho e emprego, alimento e vestimenta, casa e terra, segurança e proteção, amor e esperança, fé e paz, evangelho e Deus.