O português nosso de cada dia
Muitos estudantes e profissionais, além de todos aqueles que querem escrever de acordo com as orientações da nova ortografia, querem saber se município, estado e país devem ser escritos com inicial maiúscula ou minúscula. Quanto a esse ponto, podem optar entre maiúscula e minúscula. A inicial maiúscula nesses nomes serve para dar-lhes destaque, relevo. O destaque ou o relevo valoriza o núcleo desses nomes numa frase, numa oração, num período. Gosto do meu Município. Possui grande valor o regionalismo do nosso Estado. Há pré-sal no País dos brasileiros. Nada impede, porém, que tais nomes sejam escritos com inicial minúscula. A preferência de inicial maiúscula ou minúscula messes nomes fica a gosto de quem escreve. Sendo assim, tanto num caso quanto noutro, a grafia desses nomes é correta. E, uma vez correta, nada tem de ignorância ortográfica.
O novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP ou Volp) registra sem hífen todos os casos iniciados com a palavra “quase”. Alguns exemplos: quase crime, quase estupro, quase estrupo, quase contrato, quase corrupção, quase acidente.
Acaso existe “estrupo”? Existe. Significa tropel, tumulto, ruído, barulho.
Estudantes e professores podem dizer tanto “está na hora da aula começar” quanto “está na hora de a aula começar”? Não. Só devem dizer como diz a última oração: “está na hora de a aula começar.” O Volp diz que a contração do “de” com as formas “a, as, o, os” não será feita se a palavra seguinte estiver regendo um verbo no infinitivo. O exemplo está acima. Reforçam-no mais estes dois exemplos: “é hora de o povo acertar na escolha presidencial” e “é tempo de o governador do Distrito Federal ficar na prisão”. O correto é, nesses casos de construção oracional, separar a preposição “de” do artigo “o”: de o.
