Arthur Arão – Trabalhador rural.
Bandoleiro e vingador.
A maior consagração de Arthur Arão a no ataque à posição boliviana de Gambra onde os paraguaios abaixo de balas inimigas , avançaram contra as posições bolivianas e iam matando homes abaixo de baionetas caladas.Os bolivianos não resistiram o assalto e foram fugindo em debandada.Nessa luta os paraguaios fizeram grande número de prisioneiros. A partir daí Arthur Arão passou a ser chamado “EL CAPITAN D E FIERRO”.
A guerra continua a ser indefinida entre Paraguai e Bolívia, até que surgiu a batalha mais importante da guerra do Chaco que foi o assalto ao Fortim do Boqueron ocupado por 500 bolivianos foi retomado por mais de mil paraguaios. Arthur Arão estava no comando de sua companhia e um dos primeiros a entrar.
Ele combateu no Boqueron, que seria o maior galardão.
As hostilidades de Bolívia e Paraguai terminaram com a negociação de PAZ com a intervenção do Brasil.
Resolvido a se retirar da guerra do Chaco Artur Arão atravessou o Mato Grosso e o Estado do Paraná e Santa Catarina.Em 1934 atravessou o ri Uruguai na barca de Itapiranga. Chegando em seu estado recomeçou no mundo do crime. Continuou pela costa do Rio Uruguai a procura de seus inimigos com sede de vingança. Num encontro com os pés de porco chorando seu companheiro El Diablo foi ferido. Como nos hospitais da região não poderia ser tratado levou-o para a Argentina. Lá foram recebidos por um morador da costa que o levou em Apóstole para atendimento médico. Tomou conhecimento de que o ex-comissário Algerrroba da Gendarmeria Argentina que era um dos trucidadores de seu pai.
Saiu a procura dele na sede de vingança, mas, teve de socorre r um velho doente que morava com a esposa e uma filha de nome Carmensita, de quem se apaixonou. Ficou dando assistência a família. A Gendarmeria o localizou e o prendeu. Tentaram negociar a sua prisão com a polícia brasileira. Nesse meio tempo subornou um gendarme e fugiu. Para o lado de cá, onde foi perseguido pela polícia. Voltou para a Argentina para ver o seu amor .
A Gendarmeria não lhe deu folga na perseguição, logo informada da sua presença. Teve de retornar ao Brasil pelo Porto Mauá, de canoa, deixando Carmensita, na barranca do rio Uruguai chorando.
Não sabemos por que não insistiu na tentativa de matar o coronel Bráulio de Oliveira e seu genro Tarquino Vinhãs, acusados da morte de seu pai.
Aqui seguindo em sua vida de bandoleiro, até que foi assasinado. São diversas as versões de sua morte.
A mais verdadeira para mim é a do empresário aposentado Filicio Scholl, segundo a qual ele foi morto nas matas de Itapiranga, na bacia do Rio Uruguai, onde ele passou uma parte de sua vida.
Este é um resumo da vida deste último famoso bandoleiro de nossa região. Nos baseamos em informes de pessoas, que viveram nessa época, e, nos escritores Sérgio Venturini e Ludovico Meneguello.
O seu fuzilamento será contado num artigo separado e posteriormente.