Em Santo Ângelo 20% das lavouras de soja foram colhidas e nesta parcela a produtividade média percebida está em torno de 3,5 sacas por hectare
Visitas técnicas realizadas pela Emater confirmam a baixa produtividade das lavouras de soja no município de Santo Ângelo. Até agora, estima-se que 20% do total da área plantada tenha sido colhida e a produção média está na casa de 3,5 sacas por hectares. O que confirma a estimativa inicial realizada pela Comissão Municipal de Estatística Agropecuária (COMEA).
A frustração ocorreu devido a prolongada estiagem, que prejudicou o desenvolvimento vegetativo das plantas, a agrônoma da Emater, Marcia Dezem, percorreu o interior do município e constatou que a estatura das plantas esta bem inferior ao esperado, pouca produção de palha e as vagens apresentam grãos mal formados. Disse ainda que muitos produtores não farão a colheita, pois consideram economicamente inviável colocar o maquinário na lavoura.
Em Santo Ângelo foram implantados 35 mil hectares de soja.
No Rio Grande do Sul
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na última quinta-feira, dia 31, persistiram os problemas associados à má uniformidade na maturação, devido à coexistência de plantas secas e outras verdes, estas contendo legumes secos e também verdes. Frequentemente foi necessária a dessecação com herbicidas específicos para poder realizar o corte.
A produtividade obtida com a colheita da soja ainda é muito baixa, condicionada pela intensidade da estiagem. Contudo, há uma tendência desta se elevar à medida que a operação incluir cultivares mais tardias ou lavouras estabelecidas a partir de dezembro. As lavouras em enchimento de grãos totalizam 31% e, em maturação, 45% do cultivo. Produtores aguardam que a ocorrência de chuvas não prejudique o final da safra, já alterada pela estiagem.