Produtividade da soja despenca por falta de água em Santo Ângelo

Depois de sete anos consecutivos de aumento na produtividade da soja e de condições climáticas favoráveis para colheitas recorde, agricultores amargam, em 2020, uma quebra de 60% na...

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Chuvas no ano de 2020 em Santo Ângelo comparada a média histórica Gráfico produtividade de Soja nos últimos 10 anos

Sem água os grãos de soja nas lavouras de Santo Ângelo não desenvolveram como o esperado e depois de sete anos sem frustração, houve uma quebra de 60% na produtividade.

No município esta oleaginosa é cultivada em 35 mil hectares e neste ano, os agricultores deixarão de colher 1.260.000 sacas neste espaço.

Transformados em “reais” (R$), isso corresponde a R$ 110 milhões, recursos que deixam de circular na economia da cidade e do Estado do Rio Grande do Sul. A estimativa é realizada na comparação com as duas últimas safras, quando se obteve uma média de 60 sacas por hectare.

Em resumo, cerca de 80% das lavouras já foram colhidas e mais duas semanas é o suficiente para concluir o trabalho, no entanto os especialistas da área, já conseguem traçar uma tendência confiável de produtividade por hectare e concluem que a produção deste ano não deve passar de 24 sc/ha.

Conforme assegura o extensionista da EMATER, Álvaro Uggeri, e confirmam os produtores da região, a falta de chuva na fase de formação e enchimento do grão foi o principal motivo para uma média abaixo do esperado. A última avaliação foi realizada a menos de 10 dias por agrônomos, técnicos do IBGE, presidentes de entidades ligadas ao setor produtivo e Secretaria Municipal da Agricultura.

No ano de 2012 o problema da seca também abalou a produção de soja na região das Missões e naquele ano foram colhidos em média 5 sc/há, depois disso, as condições climatológicas foram mais favoráveis a produtividade e nos últimos dois anos se atingiu um recode de produtividade para a cidade de Santo Ângelo.

Por conta dos indicadores econômicos internacionais como a desvalorização do real frente ao dólar, o preço desta commodity (soja) está sendo comercializado no Brasil a preços bem atrativos para os produtores. As cotações no Rio Grande do Sul estão entre R$ 89 e R$ 100 variando de região para região.

A moeda americana alcançou níveis históricos na segunda-feira, dia 30. Na terça, dia do fechamento desta edição (31), o dólar operava em alta se aproximava de R$ 5,20, com os investidores avaliando o impacto da medidas americanas para estimular a economia que está impactando as cadeias de suprimentos globais devido à pandemia de coronavírus.

 

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