Este grupo de profissionais do transporte estima que a rotina de coletar o grão na lavoura e levar até os silos (armazéns) dure até o dia 20, pois a safra de soja está prestes a ser finalizada no Rio Grande do Sul. Desde o mês de fevereiro é possível encontrar filas de caminhões esperando a vez de descarregar o grão nos silos e armazéns. O fato é típico das regiões produtoras de soja, como é o caso da região missioneira, interior do Rio Grande do Sul. Quando os empresários do agronegócio contratam o trabalho de autônomos para o transporte da soja.
Eles se consideram prevenidos em relação ao contexto de fechamento de estabelecimentos comerciais pois tradicionalmente já procuram independência e autonomia nas estradas, pois se autodeclaram acostumados a situação de viagens longas, sendo assim, carregam os mantimentos necessários para a sobrevivência no caminhão.
Nestes meses em que a pandemia foi anunciada estão mais criteriosos e não deixam faltar os itens de extrema necessidade no caminhão. No quesito saúde se autodeclaram conscientes da necessidade de precaução, principalmente quando em contato com outras pessoas.
Cesar Freeze é natural de Entre-Ijuís é um caminhoneiro autônomo e viaja por todo o Brasil levando e trazendo produtos a granel. Ele explica que desde o mês de fevereiro está focado no trabalho de transporte de soja. Presta serviço para empreendedores do agronegócio regional, e exemplifica, “chego na lavoura às 14 h e às 18 h o caminhão já está com 32 mil quilos de soja, pronto para trazer até o armazém”.
Quando necessário na viagem de retorno Cesar leva insumos agrícolas até a lavoura, como adubo, semente, entre outros usados pelo produtor. Além disso, ele esclarece que após o período de colheita a rotina de muitos colegas muda, na região uma das alternativas é levar a soja para o Porto de Rio Grande, mas também existem outras formas de manter a rotina de trabalho.
Ele fala com satisfação de suas viagens que lhe permitem conhecer todo o Brasil e reforça a ideia da riqueza do País. “Tudo funciona interligado, os caminhões maiores transportam produtos a granel do local de produção até a indústria (sal, açúcar, trigo, soja, arroz…) e os caminhões menores levam os produtos embalados até os estabelecimentos comerciais, não podemos parar”, lembra Cesar ao explicar que muitas vezes ele leva arroz para outras regiões do país e traz açúcar, por exemplo. Freeze tem a consciência de como funciona o transporte de cargas no país e fala com otimismo de nossas riquezas.
SEST SENAT está realizando ações itinerantes e também em pontos fixos de rodovias em apoio aos motoristas
Motoristas são orientados sobre os sintomas da covid-19 e recebem instruções sobre como higienizar os veículos e as mãos. A ação é do Sest Senat e será realizada de 13 a 18 de abril em rodovias de todo o País, inclusive no Rio Grande do Sul. As equipes medem a temperatura corporal dos profissionais e nas duas primeiras semana, 221 trabalhadores tinham sido encaminhados para unidades de saúde devido à identificação de febre associada a outro sintoma da covid-19 (na maioria dos casos, falta de ar).
O SEST SENAT tem monitorado esses casos ao longo dos dias para saber se houve evolução dos sintomas. Até quinta-feira, não havia registro de casos de contaminação entre o público atendido.
A entidade também está distribuindo mais de 32 mil litros de álcool 70% para auxiliar os trabalhadores na higienização das mãos e dos veículos. A mobilização nacional conta com a parceria da PRF, Ministério da Infraestrutura, Ambev, Raizen, Shell, Trizy, Ype, Volvo, ANTT, das concessionárias de rodovias e entidades do setor de transporte.
Além dos pontos fixos em rodovias, terminais de cargas, postos de combustíveis e portos, as 55 vans do Programa CNT SEST SENAT de Prevenção de Acidentes circularão pelo Brasil e estenderão os atendimentos para os principais locais de atuação dos trabalhadores do transporte, incluindo terminais de passageiros.
Locais em definição
Porto Alegre
Santa Maria
Bento Gonçalves
Pelotas
Santa Rosa
Ijuí
Porto Alegre
Rio Grande