Sábado 03/03/2012

“O que pode ser mais irracional do que tentar alcançar a paz por meio da força, da produção de armamentos e da corrida pelo poder com novas armas...

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“O que pode ser mais irracional do que tentar alcançar a paz por meio da força, da produção de armamentos e da corrida pelo poder com novas armas de destruição em massa?” Burnier, R., in O Universo é Inteligente.

Ousamos confessar que somos uns predadores. Não ficamos muito tempo sem agredir o que está mais próximo de nós e mais diretamente nos serve. Pode ser uma árvore, um animal, ou um ser humano. É a necessidade que sentimos de exteriorizar o gene profundo, que teima em não adormecer, da nossa origem selvática.

Há muito a ciência impelida por homens e mulheres nobres que, soterrando os fragmentos do seu “Eu” paquidérmico, tiveram a sensibilidade de buscar meios de o ser humano viver harmonizado ao seu contexto, respeitando o seu “próximo” – a Grande Comunidade Terra. No entanto, nossos governantes, divorciados e ignaros ao grande clamor da natureza, fazem ouvidos moucos e vistas grossas para as evidências da grande revolução dos elementos.

Tais governantes, por seus comportamentos hostis à sensibilidade da vida na terra – nossa única e perpétua morada -, responderão, bem antes do que possam imaginar, pelos crimes hediondos que sua inércia e omissão permitem seus governados praticar. Não há necessidade maior, ou extrema, que justifique que rios e oceanos sejam poluídos. Pois é ali, na água, que está a fonte da vida. A saúde da nossa fauna e flora aquáticas. É dessa salubridade que dependemos.

Certamente, quem está distante – na egolatria do poder – sente-se, talvez, inatingível, quando diariamente, ele próprio, imperceptivelmente, é vítima da sua insensatez. Seja pela bebida que consome, seja pelo crustáceo que devora, ou o pão que come, suas moléculas, seu sangue, e alguns órgãos, sem que saiba, já estão contaminados.

Então sua vida será tão atrabiliada quanto a dos pássaros (gaivotas) da Baía de Monterey (EUA), que se suicidam, e outras tantas espécies, afetadas por neurotoxinas que lesam seus cérebros pela poluição dos plânctons – fonte da cadeia alimentar de tantas espécies aquática.

Quando nos recolhemos ao seio do universo, que é bem onde você está, ou marca um encontro com Deus. Aí, nesse lugar, você sentirá a magia de tudo o que o cerca. É o milagre da vida. Se, no dizer do sábio, o ato de arrancar uma flor na terra afeta uma estrela distante, que dizer de nós com relação a tudo que nos cerca e nos dá sustentabilidade? Lá no século passado, já o biólogo vienense Raoul France disse que todo o reino vegetal vive responsivo ao movimento da terra e de seu satélite, assim como dos demais astros do nosso sistema solar.

Conscientes disso, sabemos, desde já, que o nosso destino é dependente exclusivamente de nós mesmos. Folguemos e sorrimos então. Ou choramos?

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