Quarta-feira 10/08/2011

Os prestativos escoteiros Quem sempre foi escoteiro, escoteiro sempre será. É um adágio antigo. A saudação escoteira é “Sempre alerta”. Levantando a mão direita ao meio da testa,...

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Os prestativos escoteiros
Quem sempre foi escoteiro, escoteiro sempre será. É um adágio antigo. A saudação escoteira é “Sempre alerta”. Levantando a mão direita ao meio da testa, com três dedos juntos. Comprimento a mão esquerda com dedos entrelaçados.
O primeiro grupo de escoteiro que tenho noticias foi fundado pelo sr° Bruno Hocheins, filho de família tradicional daqui. Era dentista. Em 1930, o escoteiro mais antigo daqui é Rolf Mayer. Foi escoteiro em 935, Grupo Aymoré.
O primeiro grupo que conheci foi em 1941, fundado por um funcionário da telefônica no ginásio de Santo Ângelo, grupo Tiradentes. Inscrevi-me na primeira turma, sendo escolhido seu primeiro chefe Guido Emmell, que presidiu por muitos anos como chefe.
Os regulamentos muito rígidos. O escoteiro era obrigado a praticar uma boa ação por dia. Havia aulas teóricas e praticas. Estudava-se as estrelas e suas constelações, para se localizar no mato e no campo mesmo sozinho. Exercicios com o bastão. Marchas com cadencias de um, dois, três, quatro.
Faziam-se acampamentos de três a quatro dias no mato e bivaques, que era de ir de manhã e voltar de tarde. Lembro-me de um acampamento as margens do rio São João saída para Santa Rosa, e outro na cascata do rio Santa Barbara, todos os 8 km da cidade. As marchas eram a pé, puxando uma carretinha com todos os equipamentos. No cabeçalho dela atada uma corda grossa, na qual, eram atados os bastões, puxando de dois em dois- um de cada lado. Mochila nas costas. Chegando lá, tivemos que armar barracas, cortando madeira no mato. Logo em seguida, fizemos valetas em torno das barracas para não entrar água da chuva, depois arrumamos as camas.
E, montamos as cozinhas. Á noite, ronda com revezamnto de tantas e tantas horas. No acampamento as margens do rio Ijui Grande fomos puxando a carretinha até a barca dos Pasqualini, onde botamos todos os equipamentos de campanha no Caique (ou canoa) do ginásio de Santo Ângelo com remos de voga. Subimos o rio acima us três quilômetros a remo, e depois, subimos mais mil metros nas corredeiras, empurrando á canoa a mão.
Logo, numa curva do rio encostamos a canoa na margem direita, descarregamos e levamos todos os equipamentos, tais como barracas, utencilios de cozinha e os levamos barranco acima. E, numa clareira de mato iniciamos a montar o barracas e fazer valetas e baixo d’agua. Apenas abrigamos os escoteiros menores em baixo das barracas. Foi difícil preparar a janta.  No outro dia não tínhamos lenha seca e tudo era molhado. Tivemos de atravessar o rio e canoa, e pedir lenha seca  um tição de fogo ( o fósforo molhou) na casa de um colono na outra margem. /ali passamos três inesquecíveis dias. No fim dos quais, desmontamos o acampamento, carregamos tudo de canoa e descemos com grande facilidade rio baixo. Único incidente foi um companheiro que motnou sua cama encima de um formigueiro, não podendo sair da barraca por causa da chuva.
Chegando á barca dos Pasqualini, carregamos todo o equipamento na carrocinha, que rotineiramente puxávamos de volta até a sede. O último ecoteiro que tive foi Antonio Pinto Young, irmão mais velho do meu amigo de infância, Oscar Pinto Youg. Seu irmão já passou pela transição. A iluminção nos acampamentos era com lampiões.
O escoteiro hoje, continua fiel aos mesmos princípios, porém mais forte, e num sistema mai moderno voltado para o meio ambiente, ecologia, cidadania, não esquecendo suas raízes. Seus grandes incentivadores e lideres Luiz Carlos Hillischein e Paulo Roberto Silva Sanos, e mentores.      

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