Sábado 01/10/2011

Há diferença entre perda e perca? Há. A pronúncia do e dessas palavras é aberta ou fechada? Fechada: ê.  Quando se usa perda e perca? Usa-se perda sempre...

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Há diferença entre perda e perca? Há. A pronúncia do e dessas palavras é aberta ou fechada? Fechada: ê.  Quando se usa perda e perca? Usa-se perda sempre como substantivo, e perda, como verbo. Substantivos: a perda, as perdas, essa perda, essas perdas. Exemplos de perda como substantivos nestas frases: Houve muita perda de gols na partida. Os colonos tiveram, em algumas safras de soja, perdas enormes de colheitas. Alguns corruptos e alguns corruptores terão, no decorrer do tempo, perdas de impunidade. Os cofres públicos acumulam perdas devido às corrupções. E exemplos de frases com perca como verbo: Desejo que o Internacional perca para o Grêmio. Os brasileiros querem que os corruptos percam a impunidade. Inúmeros países do planeta torcem para que os vizinhos de Israel não percam o Estado palestino. Milhões de terráqueos querem que os Estados Unidos, empurrados pelas indústrias das armas e pelas ganâncias dos dólares advindos do petróleo e da água, percam todas as guerras que fazem.
Usa-se o zero nos meses do ano? Não. Em nível de linguagem culta, gramatical, sem erro, não se usa zero nos meses do ano, tampouco nos dias dos meses. Exemplo: 07/09/11. O exemplo dado está incorreto. Não é gramatical. Para ser gramatical, correto, nível culto, deve ser escrito assim: 7/9/11. Outro exemplo incorreto: 01/10/11. Aqui o dia apresenta dois erros: um erro é o zero e outro é o numeral cardinal 1. Tanto na terra, quanto no ar e no mar, o primeiro dia do mês nunca é cardinal, sempre é ordinal. O exemplo dado, para ser correto, gramatical, nível culto, deve ser escrito deste jeito: 1º/10/11. Em novembro: 1º/11/11. E em dezembro: 1º/12/11.
Sim, mas em questão de medos de fraudes, não há um bom-senso?  Perigos de fraudes sempre há. Bom-senso também há. Num país entupido de fraudulentos, como é o caso do Brasil, convém que o cidadão use o bom-senso. Então, nos casos de fraude, o cidadão pode usar o bom-senso e pôr o zero na frente do numeral que marca o dia e o mês. Em termos de mês, só se usa o zero antes do 1 e do 2, ou seja, para o mês de janeiro e fevereiro. Num escrito, em qualquer documento, o fraudulento pode passar o numeral um para onze e o numeral dois para doze. Assim, o cidadão escrevendo 10/01/11 evita o fraudulento escrever 10/11/11; escrevendo 15/02/11, evita o fraudador escrever 15/12/11. Quanto aos dias, o bom-senso do cidadão honesto pode usar o zero de dois a nove. O fraudulento pode mudar 2/2/11 para 12/12/11 ou para 22/12/11. Pode mudar 3/1/11 para 13/11/11 ou para 23/11/11. Pode mudar 4/2/11 para 14/12/11 ou para 24/12/11. Pode mudar 9/2/11 para 19/12/11 ou para 29/12/11.
Bom-senso é apenas bom-senso. Faz bem deixar bem claro este ponto: O bom-senso, nesses casos de escritas, não é coisa de linguagem culta, gramatical, correta. Linguagem culta, gramatical, correta, é escrever sempre sem o zero. Ademais, muitos usam o zero para manter simetria ou paridade do dia e do mês com o ano. Assim: 02/09/11. Inexiste essa simetria ou paridade em português. Não existe porque o ano, por exemplo, tem quatro algarismos e não dois: 2011. Repete-se a lição: culto, gramatical e correto é sempre sem o zero: 2/9/11, 2-9-11, 2.9.11; 1º/10/11, 1º-10-11, 1º.10.11, etc.

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