Um gênio missioneiro da informática é uma das “jóias” da Microsoft

859 0

A chamada “Era digital” está consolidada. O advento da internet e seus numerosos recursos fazem parte quase que instântaneamente de nossas vidas. E a exigencia de profissionais capacitados neste aréa é impressindivel. Na Capital das Missões, o “Mago da informática” atende pelo nome de André Ruschel. A equipe do JOM esteve entrevistando este ícone das tecnologias, no intuito de conhecer um pouco mais o seu trabalho e o prestigiado evento que ele próprio organiza, o “Interop Day”.   
Quando iniciou na área de informática?
Iniciei quando meu pai comprou um computador (1990) para fazer uns trabalhos para a Justiça na área de perícia contábil. Mas comecei a estudar no curso superior em 1994.
Quais os conhecimentos que você possui em informática?
Costumo explicar para aqueles que não são da área, que a informática, agora também chamada de TI, é como a medicina com suas especialidades. Temos na área da TI  os desenvolvedores das mais diversas linguagens, especialistas em Banco de Dados, Segurança da Informação, Web, e muitas outras. Minha área é infraestrutura de redes de computadores, mas focado em administração de servidores.
Qual o papel da informática na sociedade de hoje?
Já faz um tempo que venho falando sobre a importância da tecnologia principalmente nas empresas, onde o foco é o negócio. Todos sabem o caos que acontece quando o sistema de um banco fica fora do ar, ou o simples fato de ficar sem internet em casa. Acredito que cada vez mais estamos dependentes da tecnologia, mais diretamente a informática, internet e outros meios. “Ficar sem internet já é quase a mesma sensação de ficar sem energia elétrica”.
Fico um pouco impactado quando observo muitas pessoas utilizando a internet apenas como diversão, quando na verdade temos ali a maior e melhor biblioteca do mundo.
Quais cursos de destaque realizou ao longo de sua carreira?

São muitos, até porque nesta área todos os dias estamos aprendendo, mas me classifico mais como autodidata. Atualmente recebo treinamentos com engenheiros de produtos da Microsoft.
Como chegou à Microsoft?
Eu sempre tive uma relação através do fóruns que a Microsoft mantém, mas foi por meio de um projeto que submeti para participar do IT Hero, um programa que eles mantinham para avaliar projetos implantados em clientes do qual o meu ficou em primeiro lugar. A partir desse momento, passei a ter mais contato com o time da Microsoft, comecei a escrever artigos em blogs, revistas, uma vez que tenho três livros publicados pela Editora Brasport focado em tecnologias Microsoft.
Ano passado fui convidado a palestrar no Teche maior evento da Microsoft no Brasil e terceiro maior Teched do mundo, realizado anualmente em São Paulo, no qual este ano irei palestrar novamente. Já este ano, fui nomeado MVP da Microsoft, que são pessoas reconhecidas, confiáveis e acessíveis, que têm experiência em um ou mais produtos Microsoft® e que participam ativamente de comunidades on-line e off-line com o intuito de compartilhar seu conhecimento e experiência com outros clientes Microsoft.
Os MVPs ajudam a satisfazer essa necessidade, capacitando de forma independente os clientes nas comunidades técnicas, tanto on-line como off-line. No Brasil existem 93 MVPs e apenas 2 no RS.
O que lhe motivou a realizar o Interop Day?
Sempre busquei idealizar alguns projetos, e um deles foi o Interop Day, evento de tecnologia que tem o objetivo de levar o conhecimento a estudantes e profissionais de toda região. O Interop Day ainda tem o cunho solidário, onde sempre cobramos como ingresso, alimentos que posteriormente são doados a Instituições de caridade de nossa cidade. Este ano o ingresso foi cinco quilos de alimentos e arrecadou cerca de 800 quilos de alimentos que foram doados aos Hospital Santo Ângelo e o Lar Universina Carrera Machado. Além disso, o evento conta com palestrantes que se apresentam nos maiores eventos de tecnologia do país, como FISL, Teched, Campus Party e Latinoware.
Esta edição do evento como foi? E as anteriores?
O evento nasceu por meio da Copa Microsoft de Talentos que realizamos em 2010 com a presença de palestrantes locais, e a partir disso verifiquei que o público estava muito interessado neste tipo de evento. Ainda em 2010 dei o nome de Interop Day, onde em um dia de evento falamos sobre tecnologias não somente Microsoft, com foi o caso do ano passado que falamos em Linux, e este ano que abordamos PHP, Mono e outras ferramentas. O nome Interop vem de interoperabilidade, que nada mais é do que fazer plataformas diferentes se comunicarem da forma mais transparente possível. Muitos estudantes e profissionais tem uma visão distorcia sobre Open Source e Microsoft, uma vez que as empresas precisam tanto de um quanto do outro, e cabe ao profissional sabe usá-los onde cada um se encaixa de maneira mais adequada. Já o evento realizado no último sábado superou as expectativas, onde tivemos mais de 200 inscritos, se mantendo presente durante todo dia cerca de 150 participantes. O chamou atenção é que tivemos novamente caravanas da URI de Santiago, Unijuí, Setrem, Instituto Federal de Santo Augusto, além de alunos da URI e empresas da região. Fica o agradecimento a todas as empresas que apoiaram o evento, onde temos três empresas que já confirmaram apoio para a edição 2012 o que nos deixa muito feliz.

Neste artigo

Participe da conversa