A primeira fase das missões jesuíticas entre 1626 e 1638 é relembrada na 5ª Cavalgada na Trilha dos Santos Mártires. O trajeto será percorrido a cavalo com partida de Passo do Padre em São Nicolau, passa por Pirapó, São Pedro do Butiá, Rolador, Caibaté, até chegar ao Caaró.
A cavalgada será do dia 28 de abril até 4 de maio e organizada pela Associação dos Amigos da Trilha dos Santos Mártires.
O criador do roteiro é o Historiador, Sergio Venturine, explica que as cavalgadas e caminhadas realizadas na Trilha dos Santos Mártires, tem o objetivo de resgatar a história e cultura, mas também despertar a consciência ecológica e religiosa, pois relembra os Santos Mártires das Missões e incentiva o plantio de mudas de árvores. Sergio Venturine também é consultor em educação, cultura e turismo e já escreveu quatro livros sobre as Missões.
A trilha que inicia no dia 28 deste mês, já tem a confirmação de 20 participantes, Sergio Venturini conta que os cavalarianos são recepcionados pelas comunidades por onde passam. Os moradores locais já estão estruturados para recebê-los, as prefeituras ajudam com ambulâncias, carros de apoio e veterinários para examinar os animais na chegada e na saída, os CTGs emprestam suas estruturas e ainda são realizados eventos para recepcionar os cavalarianos que, por onde passam, plantam mudas de árvores. Não existe taxa de inscrição, paga-se somente as despesas com alimentação e hospedagem.
Segundo o historiador “não só a história do Rio Grande do Sul teve sua origem com as reduções fundadas pelos jesuítas junto aos guaranis, como foi exatamente nesta região da Trilha dos Santos Mártires das Missões que se forjou o gaúcho, mistura do sangue de mãe guarani com lusos, espanhóis e negros que participaram dos diversos conflitos contra as Missões, desde a Guerra Guaranítica 1757-1756 até a conquista da região pelos portugueses, em 1828, quando definitivamente a região missioneira da margem esquerda do rio Uruguai passou a pertencer ao Império do Brasil”.
Sergio Venturini visitou a redação do jornal O Mensageiro para divulgar a cavalgada. Na quarta-feira, dia 16, participou da gravação de um documentário que deve ser exibido na TV Escola em dois episódios de 20 a 30 minutos. Sergio conta que a última caminhada que fez percorreu uma trilha de 1600 km, partindo de Assunção no Paraguai até Buenos Aires na Argentina.