O nome “Coluna” surgiu em virtude da diagramação original dos textos não-noticiosos publicados regularmente em espaço predeterminado no jornal. Nos periódicos do século XIX, tudo que não era notícia era diagramado numa única coluna vertical, de alto a baixo da página, à parte do resto do conteúdo — exceto pelos folhetins, que eram publicados geralmente na parte inferior da primeira página, ocupando todas as colunas da esquerda até a direita. Com o passar do tempo, os textos de colunas deixaram de ser limitados a uma coluna de diagramação e passaram a ter qualquer formato, mas mantendo o caráter de informações curtas, em notas, ou observações do cotidiano, em linguagem de crônica.
Baseando nesse princípio, criado por Gutemberg, aprimorado por Schoppenhauer, e hoje utilizado na grande maioria dos jornais europeus, sem esquecer dos clássicos jornais dos anos 1930 e 1940 nas grandes cidades brasileiras, o Jornal O Mensageiro optou por inovar e usar este tipo de espaço a todos os seus colunistas, não privilegiando este ou outrem, e sim a diagramação como um todo, em um novo projeto gráfico, que dá mais ênfase à notícia, às fotografias e, consequentemente, às informações. Um bom projeto gráfico editorial é aquele que conduz os olhos dos leitores sem se tornar o elemento principal daquela página. Sem interferir na qualidade da leitura.
As imagens, o tamanho das fontes tipográficas, a posição de títulos, retículas, boxes, fios, enfim, todos os elementos visuais devem ser adequadamente pensados e posicionados com o objetivo de atender a uma necessidade editorial. É na faculdade de Jornalismo, em uma disciplina chamada “Planejamento Gráfico” que estuda-se a história da diagramação e todos os seus afins gráficos. A escolha do Jornal O Mensageiro foi justamente esta, conduzir os olhos dos leitores sem danificar a imagem. Foi pensando em agradar o leitor a nossa mudança, e ficamos lisonjeados com a aceitação de 90% dos mesmos.
