Cine Cisne: sob os olhos em terceira dimensão

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Cine Cisne passa a contar com cinema em 3D. Lançamento oficial do “Homem Aranha 4” vai ocorrer em SA e em todo o planeta

Esta semana os santo-angelenses foram surpreendidos com uma importante notícia para a cultura do município. O tradicional Cinema Cisne, que há mais de 54 anos encanta expectadores de todas as idades, mais uma vez vai remodelar e se adaptar aos novos tempos, que traz à Capital das Missões a tecnologia 3D.

Esse constante processo de modernização, iniciado há três anos com a criação da sala 2, com capacidade para 145 pessoas, além de poltronas confortáveis, ambiente climatizado e surround. Para este ano, as mudanças atingem a sala 1, que possui a maior tela de cinema do Rio Grande do Sul. Com investimentos que atingem o marco de 500 mil, as mudanças anglobam poltronas estofadas, projetor em 3D e uma tela especial para esta tecnologia. Serão um total de 300 lugares. Mesmo com todas as transformações, o tamanho da tela não vai diminuir, sendo esta a maior do Estado. E para estrear este marco histórico nas Missões, um grande sucesso em 3D, será apresentado “Titanic”.

Conforme o proprietário do Cine Cisne, Flávio Panzenhagen, com todos estes investimentos quem ganha são os expectadores, pelo conforto e comodidade nas exibições. “Todos saem ganhando. Será muito mais agradável e emocionante assitir a um filme, já que é possível participar ativamente da película. Além disso, nossa cidade também ganha, já que essa tecnologia está presente apenas em quatro cidades do Estado. Podemos afirmar categoricamente que temos o cinema mais moderno da região”, revela.

Devido a todos os investimentos, haverá um acrécimo no valor das entradas. Será cobrado R$ 15 em cada exibição. “Como teremos vários custos, é justo que aumente um pequeno percentual no valor do ingresso. É também uma forma de valorizar este nosso espaço cultural”, finaliza Flávio.

História- Foi de um simples boato que surgiu o cinema com a maior tela do Estado do Rio Grande do Sul. Na década de 1950, rumores no meio social davam a dica de que empresas paulistas se instalariam no município e possuíam o objetivo de construir um Cine Hotel. Como já havia o Cine Theatro Municipal, na esquina da rua 25 de Julho com a Marquês do Herval, o qual era arrendado à família Panzenhagen, já concretizava o sonho de fundar o Cinema Cisne em um local com sede própria.

A empresa Cine Missioneira Ltda foi fundada em 1º de maio de 1951 por Carlos Conrado Panzenhagen, quando este realizou a venda de lotes na zona sul da cidade com o propósito de fundar um cinema. A área vendida no passado hoje leva o seu nome no batismo do bairro: São Carlos. De imediato, a empresa utilizou o Cine Theatro Municipal para a exibição de filmes até o término da obra, a qual durou seis anos. O cinema fundado por Carlos Conrado passou para o filho Hélio e hoje é administrado pelo neto Flávio Panzenhagen. No ato da fundação, em 22 de março de 1958, foi exibido o filme “Viva Las Vegas”, com ingressos vendidos a CR$ 16. As poltronas foram confeccionadas em Ijuí. A capacidade inicial do Cine Cisne foi de 1.500 lugares, tendo 900 poltronas no 1º piso e outras 600 no andar de cima.

Os primeiros sócios da empresa foram Marcelo Mioso, Fiorino Fantinelli e Carlos Conrado Panzenhagen Filho, posteriormente à sua fundação, e, hoje, conta com a seguinte sociedade: Flávio Antônio Panzenhagen, Jairo Augusto Panzenhagen, Luiz Carlos Panzenhagen, Cláudio Fantinelli e Flávio Fantinelli. Um dos pontos curiosos do Cine Cisne foi a presença do ator Paulo Autran, em 1979, com a apresentação de um monólogo. O Cine Cisne já participou de três estreias mundiais em três oportunidades: Homem Aranha 3, Piratas do Caribe e Harry Potter.

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