Sábado – 11/06/2011

Anjo sem Asas
Desde muitos séculos, pintores europeus retratam anjos com feições europeias: brancos, louros e de bela fisionomia. Nunca vi anjos negros ou asiáticos . Gosto muito de ouvir a grega Nana Moskouri cantando, em espanhol impecável, o bolero “Angelitos Negros” (Anjinhos Negros), que significa um grito de protesto contra a discriminação racial em nível religioso. Os compositores Andres Eloy Blanco e Manuel Alvarez Maciste  indagam, em tom de reclamação, ao pintor racista:
– Pero que nunca te acordado de pintar um angel negro? Porque te olvidaste de los negros?
Hoje, no Brasil, os pintores preconceituosos poderiam ser enquadrados na Lei Afonso Arinos… Mas todos os artistas, de todos os tempos, são unânimes num detalhe: os anjos têm asas, grandes asas, para facilitar os deslocamentos. Mas será mesmo que os anjos são alados? Não são. Os médiuns espíritas dotados da faculdade da vidência (o dom de ver os desencarnados) nunca fizeram referência a anjos (espíritos de luz) dotados de asas. Disso eles não precisam.
O médium católico Pedro Siqueira (o Brasil ainda vai ouvir falar muito dele) descreve um anjo de guarda na entrevista concedida a Ana Maria Braga no programa “Mais Você”, da Globo.
Pedro e a esposa, ajoelhados perante a imagem de Nossa Senhora Aparecida, na cidade paulista de Aparecida, receberam notícia surpreendente sobre a chegada do primeiro filho. Ao levantar os olhos, Pedro enxergou espírito que nunca tinha visto, ao lado da esposa. Com a facilidade dos recursos mediúnicos de que é portador, perguntou ao desconhecido,  se se tratava do anjo da guarda da sua consorte. Então obteve resposta que não esperava:
– Não, sou o anjo da guarda do menino que é o filho de vocês.
Pedro ignorava a gravidez da esposa e nem ela sabia da auspiciosa novidade.Ao voltar ao Rio de Janeiro, os exames médicos comprovaram a veracidade da informação trazida pelo habitante do outro plano da vida.  
O médium carioca descreveu para a entrevistadora o aspecto do espírito incumbido de acompanhar a trajetória terrena do filho desde a concepção. Trata-se de espírito de luz, com aparência de homem maduro, com traje dourado. Sem asas, naturalmente. As asas dos anjos não passam de exagero do talento criativo dos artistas do pincel. Só isso, nada mais.
PS – Flávio Panzenhagen comunica, por e-mail que, nas próximas semanas, o Cisne estará exibindo o filme “As Mães de Chico Xavier”. É mais uma produção cinematográfica baseada em livro do jornalista Marcel Souto Maior e traz mensagens psicografadas pelo médium de Uberaba a três mães inconsoláveis ante a viagem dos filhos para a Vida Maior.