Paulo e Estevão
Salvo melhor juízo, o mais impressionante livro psicografado por Chico Xavier se chama “Paulo e Estevão”, de autoria do Espírito Emmanuel. Todas as noites, durante oito meses seguidos, o principal mentor do médium revivia as cenas de dois mil anos atrás. Emmanuel viveu na época a figura do senador romano Publius Lentulus, incumbido pelo poderoso Império para administrar a Judéia. Então, ele conheceu o Mestre Jesus e obteve dele a cura da filha, Flávia, acometida de lepra. Embora convidado,o senador não seguiu o Mestre, pois teria de abdicar do prestígio do cargo para acompanhar um judeu pobre e sem prestígio social. Algo inaceitável para um nobre.
Há alguns anos, Florisbal de Souza Del´Olmo precisava escrever texto para apresentar numa instituição iniciática de Cacequi, chamada Paulo de Tarso. O trabalho versaria exatamente sobre o patrono da casa. Indagado, sugeri a leitura de “Paulo e Estevão”, obra escrita por alguém que viveu nos primeiros tempos do Cristianismo. Sugestão aceita, o Del´Olmo se encantou com a obra de Emmanuel e a partir daí produziu belíssima peça de interpretação do papel relevante cumprido por Paulo de Tarso na consolidação dos ensinamentos trazidos pelo Mestre dos Mestres.
Há poucos dias, o amigo comum Remi Fachim me trouxe, autografado, o último livro lançado pelo professor Florisbal de Souza Del´Olmo, agora residente em Nova Santa Rita. Trata-se de “A Extradição no Direito Brasileiro”, no qual o autor, com a colaboração da filha Elisa, aborda os mais importantes casos de extradição analisados e julgados pelo Supremo Tribunal Federal, ao longo dos anos.
Com certeza, o novo livro, comentado no blog do jornalista Políbio Braga, alcançará a mesma receptividade de outras obras pesquisadas pelo professor da URI, em Santo Ângelo, que tratam do Direito Internacional Público e do Direito Internacional Privado.
Na contracapa do livro me chamaram atenção as observações do Mestre André Leonardo Copetti Santos sobre a pessoa do Del´Olmo, que todos que o conhecem, assinam em baixo com toda justiça. Vale a pena reproduzir as palavras do Copetti:
– Conheço um Del´Olmo polido, prudente, justo, generoso, misericordioso, grato, humilde, simples, tolerante e amoroso. Um colega exemplar que enriquece a humanidade de qualquer ambiente.
Não sei até onde o romance histórico de Emmanuel influenciou positivamente o jurista Del´Olmo nos atuais rumos de sua caminhada terrena, mas é certo que Paulo de Tarso continua séculos afora deslumbrando quem procura conhecê-lo, especialmente, sem dúvida, através do depoimento autorizado do antigo senador romano Publius Lentulus. Enfim, vale a pena ler “Paulo e Estevão”.