Depois do sucesso do primeiro Jantar do Abraço as mulheres de Entre-Ijuís e região estão mobilizadas para a segunda edição do evento que ocorre no dia 12 de novembro no Salão Paroquial daquela cidade. O Jantar do Abraço é beneficente. Na primeira edição foi em prol da Raissa Vitória e neste ano será em benefício do Yuri.
A promoção faz parte do projeto “Abraçando Causas” liderado por um grupo de 14 amigas do município de Entre-Ijuís e Santo Ângelo. Os eventos ganham apoio de empresas e prestadores de serviços que ajudam a potencializam as possibilidades do jantar e as causas eleitas pelo grupo. O evento é destinado ao público feminino e os ingressos dão direito ao jantar, sobremesa uma série de atrações surpresas e, neste ano, a apresentação da Banda Balança Brasil, a dupla Junior e Digo e o Grupo de pagode Tô di Boa.
Conheça um pouco mais sobre o Yuri que mora no Hospital Santo Ângelo desde que nasceu
Yuri mora no Hospital Santo Ângelo a mais de dois anos junto com a mãe, Luciane Eich e Norena Justen contratada para o revezamento de cuidados. O menino nasceu com uma doença rara, que no momento não tem tratamento, se chama AME I – Atrofia Muscular Espinhal tipo I e por este motivo depende de aparelhos para respirar, limpar os pulmões e se alimentar, mas não é uma dependência simples, é total, 2 minutos sem o funcionamento correto dos aparelhos os sinais vitais começam a cessar.
Conquistas
Em agosto deste ano, pela primeira vez, Yuri conseguiu sair do quarto e fez um passeio pelas ruas da cidade. O fato foi possível através da ajuda das pessoas da comunidade e o empenho da família. A condição foi possível com a aquisição de aparelhos portáteis (um respirador, aspirador) e uma cadeira. Agora, quando possível, Yuri faz um passeio na Praça Pinheiro Machado, o que falta é a possibilidade de voltar para casa.
A mobilização continua
O trabalho incansável de todas as pessoas que fazem parte desta história permitiu uma série de conquistas, no entanto, levar o filho para casa, instaurar o convívio com os membros da família, ainda não foi alcançado. Uma das mais simbólicas conquistas não foi possível, aquela de ter um lar.
O custo financeiro para continuar sonhando é alto, principalmente a manutenção dos sistemas de atendimento a domicílio. Existem empresas que prestam atendimento hospitalar a domicílio e são chamadas de “Home Care”. Tramita em última instância na justiça federal uma ação que requisita o custeamento destas despesas pelo Estado, pois foi negado na justiça de Cerro Lago, onde á família mora, e, na Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. A família espera conquistar o direito de leva-lo para casa, o auxílio das doações colaboram para novas conquistas e deixar a sua casa 100% adequada para recebê-lo assim que for possível.
Por esse motivo a mobilização continua. Norena Justen, que reveza com a mãe os cuidados diários do menino, afirma que “Yuri é um menino especial, mas mais especial, são as mãos que amparam”.
Gentilmente o Hospital de Caridade de Santo Ângelo disponibilizou um quarto na “Unidade D”, amplo, individual, com banheiro, boa iluminação, no qual ele e a mãe moram. É no sentido de mudar esta situação que o pai, a mãe, o Hospital de Caridade de Santo Ângelo, os profissionais que atendem e conhecem o caso estão mobilizados. Todos acham possível levar Yuri para casa.
A doença
A atrofia acontece porque os impulsos cerebrais emitidos não chegam até a musculatura responsável pelos movimentos de inspiração e expiração, além disso, a limpeza dos brônquios em geral realizada pelo movimento da tosse também não existe. Como decorrência do quadro, além de todas as complicações vitais, o paciente fica sujeito a infecções respiratórias pela insuficiência do sistema pulmonar e respiratório. Contudo ele depende de uma série de procedimentos para sobreviver e se desenvolver ao lado de sua família.
Mesmo diante de todas as adversidades, Yuri se desenvolve e permanece no Hospital de Caridade Santo Ângelo, com o quadro clínico estável. Hoje as complicações mais severas em relação ao quadro de Yuri, já foram diagnosticadas, dentro do quadro apresentado é possível afirmar que os procedimentos necessários foram identificados. A família e os profissionais já estão cientes de como proceder para manter a vida do menino, mesmo longe do hospital.