Trecho do Rio Ijuí deixa a mostra pedras que determinam o local de travessia dos povos originários desta região. As fotos foram registradas pela administração de Entre-Ijuís neste período em que a região passa por uma irregularidade no regime de chuvas, o que reduziu o nível da água deste importante afluente da hidrografia regional
Estima-se que durante o período das missões jesuíticas estes locais de passagem eram usados pelos indígenas que vinham de São João Batista para Santo Ângelo. Conhecido como Passo do Ijuí é um local folclórico para os missioneiros, tendo em vista que faz parte de fatos históricos relacionados aos Sete Povos das Missões, o local também teria servido para a passagem das tropas de mulas e de gado.
Suspeita-se que os indígenas realizavam a manutenção destes locais de passagem com organização das pedras para garantir uma travessia mais segura. No entanto, esse fato ainda não é comprovado por pesquisa, somente relatos orais.
O fluxo de pessoas por este local contribuiu para a fixação das primeiras famílias de moradores, o que resultou no que hoje é a cidade de Entre-Ijuís. Inclusive a atual ponte que da mobilidade em direção a Santo Ângelo está edificação a aproximadamente 300 metros do histórico Passo do Ijuí.
Estes fatos e a geografia do lugar caracteriza a cidade, pois a localidade chegou a se chamar Passo do Ijuí e os viajantes faziam ali uma das paradas para repouso, antes da travessia. Até hoje essa característica do município impõe desafios e indica potencialidades, pois Entre-Ijuís continua impactado pela passagem e pelo trânsito que flui pela ERS 344 e pela ponte.
HIDROGRAFIA – Quanto à hidrografia do Rio Ijuí considerando um dos pontos de medição localizado junto a ponte de Entre-Ijuís, é possível perceber as características deste afluente apresenta picos de elevações breves e o rio tem uma vasão constante, na prática, ele não permanece alterado por muito tempo, sobe nos dias de chuva e logo volta ao seu leito normal, que é entre um (1) e dois (2) metros, com picos para baixo que chegam a 70cm nas épocas de estiagem severa e altas que alcançam 4,6 metros nos de chuvas intensas no inverno, entre abril e julho. A constatação é feita por meio do banco de dados e o sistema HIDRO – Telemetria mantido pela ANA – Agência Nacional de Águas.