PF coíbe contrabando de soja da Argentina para o Brasil

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Brigada Militar e com apoio da Receita Federal, apreendeu 60 toneladas de soja, no município de Esperança do Sul, em...

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A Polícia Federal, em ação conjunta com a Brigada Militar e com apoio da Receita Federal, apreendeu 60 toneladas de soja, no município de Esperança do Sul, em um porto clandestino instalado às margens do Rio Uruguai.

Foto - Divulgação PF
Foto – Divulgação PF

A ação da Policia Federal de Santo Ângelo ocorreu na primeira semana de outubro, durante atividade de repressão aos crimes transnacionais, na fronteira do Brasil com a Argentina.

Além da soja, foram apreendidos dois tratores com guinchos hidráulicos, caçambas e outros equipamentos e veículos utilizados pelo grupo para movimentação do produto.

O local era monitorado por câmeras de vigilância, o que possibilitou a fuga dos envolvidos para a Argentina através do Rio Uruguai. A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os responsáveis pela soja apreendida.

A prática do contrabando pode estar em função de que o produtor argentino recebe menos pela soja produzida, quando comparado ao produtor brasileiro. Em julho, enquanto um exportador brasileiro de soja recebe US$ 573 por tonelada de soja exportada por meio de Paranaguá, exportador argentino que exporta pelo porto de Rosário recebe em troca o equivalente a USD 166 em pesos do dólar “Dinheiro com Liquidação”, a referência mais válida, pois paga boa parte de seus insumos produtivos nesse dólar.

Isto é, o produtor argentino de soja recebe 29% do que o concorrente brasileiro recebe, a menor proporção dos últimos dez anos, destaca o economista, Juan Manuel Garzón, para o portal Agrolink, especializado em notícias do agronegócio. Ou vice-versa, o produtor brasileiro recebe 3,45 vezes (ou seja, 245% a mais) do que o argentino.

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